A quantidade de pessoas que foram atingidas por agulhadas durante o carnaval aumentou. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 69 casos já foram notificados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs). Até a segunda-feira (24), 41 mulheres e 28 homens alegaram terem sido furados por agulhas durante as festas de carnaval. Os casos foram registrados nos municípios de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Recife.
De acordo com a SES, 65 pacientes realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções. Outras quatro pessoas se recusaram a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação), e, consequentemente, o tratamento, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início da medicação. Todos foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento.
Os pacientes também foram orientados a realizarem o monitoramento de possíveis infecções no Hospital Correia Picanço ou nos Serviços de Atenção Especializada (SAE), espalhados por vários municípios do Estado. "É importante ressaltar que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média apenas 0,3%. Todos os pacientes também receberam a indicação de procurarem os órgãos policiais para investigação das ocorrências", afirmou a SES, através de nota.
Em 2019, cerca de 300 pessoas deram entrada no Hospital Correia Picanço alegando terem sido furadas por seringas durante os quatro dias de carnaval. Na época, não houve casos positivos relacionados a este evento.
Segurança
A Polícia Civil de Pernambuco registrou, durante o período carnavalesco, 43 boletins de ocorrência com denúncias de pessoas relatando terem sido atingidas por algum tipo de objeto perfurocortante. Foram dez denúncias no sábado (22), 15 foram feitas no domingo (23) e mais 18 na segunda-feira (24), sendo 11 em diversos pontos de Olinda e sete no Recife. Inquéritos foram instaurados e os casos estão sendo apurados.
Uma parte dos denunciantes relatou a exposição, neste Carnaval, a outras formas de risco de contração do HIV e outra não soube descrever com precisão as circunstâncias e o momento em que foram tocadas por objeto perfurocortante.
As denúncias foram registradas no posto de atendimento 24h que a PCPE instalou no Hospital Correia Picanço. A unidade conta com equipes formadas por delegados, escrivães, agentes e peritos papiloscopistas. Os policiais civis coletaram os depoimentos, dentro do procedimento das diligências, para identificar e capturar os suspeitos dessa prática.
Fonte: Diário de Pernambuco
E-mail: [email protected]
Telefone: (82) 9-9672-7222