A recente articulação entre CRECI-AL e CAIXA trouxe à pauta taxas, prazos e diretrizes do SFH, com repercussões diretas para quem hoje busca casas para alugar e considera, em horizonte próximo, a migração para a propriedade.
Para os profissionais do setor, a iniciativa proporciona maior precisão nas simulações, no uso do FGTS e no enquadramento por faixas de renda.
Para as construtoras, amplia-se a previsibilidade para planejamento comercial e calibragem de portfólios aderentes ao poder aquisitivo local.
Do ponto de vista do comprador, torna-se mais claro o montante de entrada necessário, as linhas capazes de reduzir o custo total e o papel de amortizações estratégicas.
Para o mercado, abre-se uma janela para mitigar assimetrias de informação, destravar estoques e elevar a taxa de conversão de intenção em contrato.
A cidade é polo econômico do Agreste e concentra corretores, construtoras e lançamentos voltados ao primeiro imóvel e à classe média.
Em 29 de maio de 2025, CRECI-AL e CAIXA promoveram um encontro em Arapiraca com profissionais do setor para discutir modalidades de financiamento, desempenho recente do banco no estado e conexões entre incorporadoras e crédito.
Essa reunião foi um sinal claro de que há espaço para ampliar a originação de contratos na região.
Além de eventos pontuais, o Conselho tem reforçado a pauta de capacitação em financiamento (SAC, PRICE, documentação e enquadramentos), preparando corretores para orientar melhor seus clientes, algo essencial quando o ambiente regulatório muda rápido.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central atualizaram o valor máximo de imóvel enquadrado no SFH de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
A própria CAIXA confirmou a implementação da medida, que amplia o universo de unidades elegíveis ao uso do FGTS e a linhas com juros regulados.
Para Arapiraca, isso facilita operações em faixas de preço que antes estouravam o limite antigo, e dá fôlego para incorporadores posicionarem produtos com maior previsibilidade de crédito.
Após ajustes na poupança, FGTS e no modelo de crédito, a CAIXA restabeleceu a cota de 80% na modalidade SAC (e 70% no PRICE).
Na prática, a exigência de entrada diminui, o que destrava compras para famílias que tinham renda, mas esbarravam no capital inicial.
É um empurrão relevante para quem está entre o aluguel e a compra, um perfil comum em mercados dinâmicos como Arapiraca.
Para moradias já existentes, o Ministério das Cidades regulamentou, pela Portaria nº 1.177/2025, uma linha de R$ 5 mil a R$ 30 mil para reformas, com foco em famílias de até R$ 9,6 mil de renda bruta mensal.
São duas faixas, com juros nominais de 1,17% a.m. (até R$ 3.200) e 1,95% a.m. (de R$ 3.200,01 a R$ 9.600).
Em cenários onde o comprador adquire um usado precisando de melhoria, essa linha reduz o “gap” entre compra e habitabilidade.
A própria CAIXA projeta reforço na originação, com meta pública de 80 mil novas moradias financiadas até 2026, dentro do novo desenho do crédito.
Em paralelo, a instituição tem reportado alto volume diário de simulações e contratos, sinalizando mercado aquecido, o que tende a reverberar também no interior de Alagoas.
Para muitos arapiraquenses, alugar é parte da jornada de compra. As novas regras mudam três pontos-chave para quem pretende sair do aluguel:
Esse efeito pode reequilibrar a balança entre permanecer no aluguel e financiar.
Para quem busca estabilidade de moradia, é hora de revisar o plano financeiro e comparar cenários (12, 24 e 36 meses), inclusive considerando eventual permanência provisória no aluguel enquanto constrói a entrada.
Veículos de imprensa regional já destacam expectativa de aquecimento do setor com o novo crédito à classe média e o aumento do teto do SFH, movimentos que tendem a irrigar mercados fora das capitais.
A soma de capacitação (CRECI-AL) + funding (CAIXA) cria um círculo virtuoso: mais informação qualificada, produtos melhor precificados e maior taxa de conversão de propostas em contratos.
Conclusão: hora de transformar intenção em contrato
Arapiraca está, de fato, no foco: eventos técnicos do CRECI-AL com a CAIXA, somados às novas regras do SFH e à volta do financiamento de até 80%, criam um ambiente especialmente favorável para quem vinha postergando a compra.
Se você está no aluguel, este é um bom momento para comparar custos, simular com FGTS e considerar a linha de reforma do MCMV para adequar o imóvel escolhido.
Com informação de qualidade e um corretor bem preparado, a transição de casas para alugar para casa própria pode acontecer antes do que você imagina.
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