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O valor do bitcoin sofreu uma queda histórica em maio, o que colocou em dúvida os rendimentos da criptomoedas. A queda foi de mais de 35%, o que significou seu pior desempenho desde 2018. Vale lembrar que em abril os bitcoins renovaram sua máxima histórica nos patamares de US$ 65 mil.

Boa parte desse desempenho negativo está relacionado a dois atores importantes na economia mundial atualmente: o primeiro deles é a China, que implementou mais restrições ao uso das criptomoedas em negociações envolvendo empresas do país. Outro fator negativo tem a ver com Elon Musk, CEO da Tesla, uma das maiores companhias de tecnologia do planeta.

Em 12 de maio, o bitcoin caiu 12% após Musk desistir do compromisso da Tesla de aceitar o bitcoin como pagamento em seus contratos. No Twitter, o empresário fez uma série de comentários sobre os bitcoins, o que gerou instabilidade no mercado. O executivo está preocupado com o uso crescente de combustíveis fósseis na mineração de novas moedas digitais, prejudicando o meio ambiente.

A fala de Musk foi um banho de água fria nos investidores, já que havia o otimismo de a companhia seguir apostando no mercado de bitcoins e criptomoedas. Em fevereiro deste ano, a Tesla adquiriu US$ 1,5 bilhão em bitcoins e, de quebra, deu permissão para uso da criptomoedas em seus negócios.

Dias depois, as autoridades chinesas sinalizaram uma repressão ao uso de criptografia no país. O banco central chinês emitiu um alerta às instituições financeiras e empresas chinesas para não aceitar moedas digitais como pagamento ou oferecer serviços que utilizem tal dispositivo.

As movimentações do país e a sinalização de uma regulação mais efetiva por parte do governo chinês aumentaram as incertezas no mercado global. Outras criptomoedas também despencaram: Ethereum caiu mais de 40%, enquanto dogecoin e Binance perderam cerca de 30%.

A China tem procurado limitar o comércio de criptografia dentro de suas fronteiras há algum tempo. Autoridades do país já declararam em 2013 que o bitcoin não era uma moeda real e proibiram instituições financeiras e de pagamento de usá-lo.

As declarações feitas em meados de maio simplesmente enfatizaram a suspeita da China em relação às criptomoedas em geral. Mas eles enviaram um sinal claro de que Pequim não vai afrouxar seu controle sobre esse mercado nos próximos meses.

Isso está mais evidente pelo fato de que as autoridades chinesas também estão lançando um yuan digital apoiado pelo estado que manteria os fluxos de dinheiro sob supervisão estrita. Ou seja: não há apenas regulação, mas também uma medida para fazer concorrência às criptomoedas.

Outro sinal que ajudou a derrubar a confiança no bitcoin foi a declaração do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que alertou sobre os riscos potenciais que as criptomoedas representam para o sistema financeiro.

"Uma potencial moeda digital do banco central poderia servir como um complemento, e não uma substituição do dinheiro e das atuais formas digitais do setor privado do dólar, como depósitos em bancos comerciais", disse Powell para explicar as movimentações em torno das criptomoedas.

O Departamento do Tesouro norte-america também está voltando sua atenção para as criptomoedas."A criptomoeda já representa um problema significativo de detecção ao facilitar atividades ilegais, incluindo a evasão de impostos", disse o Tesouro em um comunicado publicado no mês passado. "Apesar de constituírem uma porção relativamente pequena da receita de negócios hoje, as transações de criptomoeda aumentarão em importância na próxima década", salientou o órgão.

Para os especialistas em mercado financeiro, essa é uma boa hora para comprar bitcoin. "Os investidores mais experientes sabem hora de comprar Bitcoin não é na máxima histórica, é agora”, afirmou Sebastian Serrano, CEO da Ripio, em entrevista ao site Infomoney. Estar atento ao mercado é importante. Antes de comprar as criptomoedas, converse com especialistas para não perder dinheiro.

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