Influenciada pelas exportações de açúcar, que registraram crescimento de 76% no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, a balança comercial alagoana atingiu um superavit de US$ 138,2 milhões — o equivalente a R$ 678,2 milhões no câmbio atual — nos três primeiros meses do ano, segundo levantamento da Secretaria do Comércio Exterior do Ministério da Economia.
De janeiro a março, aponta o ministério, as exportações alagoanas registraram um crescimento de 93,4% ante os três primeiros meses de 2022, e atingiram US$ 295,2 milhões (ou R$ 1,4 bilhão). Já as importações recuaram 25% e movimentaram US$ 157 milhões (R$ 770,5 milhões). Sozinhas, as exportações de açúcar movimentaram US$ 224 milhões no primeiro trimestre, um crescimento de 91,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em março, as exportações atingiram US$ 78,3 milhões, um aumento de 92% em relação a março do ano passando, quando as compras feitas por empresas estrangeiras atingiram US$ 40,8 milhões. Já as importações registraram alta de 3,6%, saindo de US$ 56,8 milhões em março de 2022, para US$ 58,9 milhões em março deste ano.
Em todo o País, a balança comercial registrou o maior superavit da história para meses de março. No mês passado, o país exportou US$ 10,956 bilhões a mais do que importou, com alta de 37,7% em relação a março de 2022. Esse foi o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
Nos três primeiros meses do ano, a balança comercial acumula superavit de US$ 16,068 bilhões. Isso representa 29,8% a mais que o registrado nos mesmos meses do ano passado pelo critério da média diária. O saldo acumulado também é o mais alto para o período desde o início da série histórica.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 33,06 bilhões para o exterior e comprou US$ 22,104 bilhões. As exportações subiram 7,5% em relação a março de 2022, pelo critério da média diária, registrando recorde para o mês. As importações caíram 3,1% pelo critério da média diária, mas, por causa do maior número de dias úteis em março deste ano, atingiram o valor mais alto da história.
No caso das exportações, a alta deve-se mais ao aumento do volume comercializado que dos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média 18,5% na comparação com março do ano passado, enquanto os preços médios recuaram 5,6%.
Nas importações, a quantidade comprada caiu 3,7%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 2,4%. A alta dos preços foi puxada principalmente por motores e máquinas não elétricos e por compostos químicos, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os preços dos fertilizantes químicos, que subiram fortemente no ano passado, caíram 24,4% na comparação entre março de 2023 e de 2022.
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