Pela primeira vez em mais de dois anos, a conta de luz no Brasil volta a ter cobrança extra. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica apontou que o consumo de energia no país cresceu 8% em maio, totalizando 70.207 MW médios. O aumento é atribuído ao calor registrado em praticamente todo o território nacional, um fenômeno atípico para o mês de maio, que tradicionalmente apresenta temperaturas mais baixas. A combinação de mais calor e menos chuva elevou o consumo de energia. O levantamento revelou que Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Amazonas lideraram o consumo de energia, enquanto Rondônia e Rio Grande do Sul foram os únicos estados a registrar queda. A redução no Rio Grande do Sul é consequência da crise climática que afetou a região. Setores como madeira, papel e celulose consumiram mais energia em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto a indústria têxtil, o setor de químicos e o de veículos apresentaram declínio.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que, a partir de julho, a bandeira amarela será aplicada na conta de luz, resultando em um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. O baixo índice de chuvas previsto para a época implica no aumento de custos de operação do sistema de geração de energia das hidrelétricas. A última alteração na bandeira tarifária ocorreu em abril de 2022. A decisão da ANEEL reflete a severa seca que afeta principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, com preocupações sobre focos de incêndio no Pantanal.
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