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 Após passar quatro meses sem identificação, o paciente do Hospital Geral do Estado (HGE), Luiz Cláudio dos Santos Negromonte, vai poder reencontrar os familiares. Vítima de atropelamento, no bairro de Pajuçara, em Maceió, ele está internado na unidade de saúde desde março, quando havia dado entrada em estado gravíssimo e precisado ser intubado. Desde então, não havia informações sobre o nome dele e sobre parentes. Recentemente, o paciente apresentou melhoras e foi extubado, e hoje o quadro clínico é considerado estável.

Depois de o caso vir à tona e repercutir na mídia alagoana, uma suposta irmã, agora confirmada por laudo comparativo do Núcleo de Identificação da Polícia Federal (PF), com representação no Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/AL), entrou em contato pela internet e passou a identificação de Luiz Cláudio. O laudo assinado pelos papiloscopistas Eloisa Cristina dos Santos (representante da PF/AL no Plid) e Ricardo Brandão Barros de Sá, concluiu que as impressões digitais coletadas no HGE e confrontadas com os documentos recebidos afirmam que pertencem a mesma pessoa.

Luiz Cláudio foi descrito como homem de cabelos lisos e pretos, estatura mediana, olhos castanhos, magro e sem tatuagens. Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e fraturou o fêmur e a escápula. "Recebeu o atendimento necessário de nossa equipe multidisciplinar e, desde então, a sua saúde física tem se restabelecido. Entretanto, ele não consegue verbalizar, não se comunica conosco para que nos dê pistas que levem a sua identidade", tinha informado a coordenadora do Serviço Social do HGE, Vanessa Martins, antes de a irmã aparecer se apresentando como familiar.

Diante da situação, o HGE acionou o Ministério Público Estadual (MPE), que por meio do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid/AL), coletou as digitais. “É gratificante nos depararmos com essa conclusão, a divulgação por meio da imprensa foi imprescindível e precisamos reconhecer o poder de alcance que tem. E também temos que aplaudir a competência dos órgãos com suas equipes de papiloscopistas, o paciente não tinha nenhum dado no sistema biométrico, então seria deita uma busca no arquivo manual amanhã, pelo técnicos do Instituto de Identificação, mas os profissionais da Polícia Federal, que fez questão de ter representação na rede Plid, conseguiram agilizar e estamos muito felizes. Isso nos traz alívio, sensação de missão cumprida. Que esse reencontro seja de muito acolhimento para o senhor Luiz Cláudio”, declarou a promotora Marluce Falcão.

Agora a família de Luiz Cláudio, que mora em Recife, vai estar em Maceió no próximo sábado, e após alta médica, o homem será encaminhado de volta para a residência dos parentes, na capital pernambucana

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