“Em nome da minha família, somos eternamente gratas a toda equipe e saibam que todos estão em minhas orações. O Espírito Santo de Deus habita na Unidade AVC do Hospital de Emergência do Agreste [HEA]. Anjos estão acampados naquele local”, declarou Daniela Martins, filha do “seu” Benedito, de 71 anos, vítima de AVC e que foi atendido no HEA, em Arapiraca.
Numa manhã de segunda-feira, “seu” Benedito Martins da Silva havia acabado de colocar a água no fogo para fazer o café, quando perdeu a força na perna esquerda. Morava sozinho em Campo Alegre. A situação foi vista por amigos da vizinhança, que passaram e o viram se arrastando no chão. Ninguém sabia ao certo quanto tempo ele estava naquela situação, mas a panela com a água estava seca e queimada em cima do fogão.
Correria para o socorro. “Seu” Benedito, de 71 anos, teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico e foi levado para o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Deu entrada logo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Assim que ficou sabendo da situação, Daniela Martins, uma das filhas de “seu” Benedito, mostrou preocupação com o quadro clínico do pai, já que ele tem insuficiência cardíaca e usa uma válvula no coração.
A técnica em enfermagem, de 35 anos, relata que a família sempre esteve atenta quanto à saúde dele. “Eu já havia chamado para ele morar na minha casa, para que a gente pudesse dar mais atenção no dia a dia, mas ele não aceitava. Queria morar sozinho”, afirmou Daniela
Com o pai na UTI, Daniela viu e sentiu de perto a humanização no tratamento de pacientes e nos cuidados com os acompanhantes no Hospital de Emergência do Agreste. “A gente sempre ouve falar de como é o trabalho na emergência, mas aqui eu senti na pele como as equipes são extremamente profissionais e humanas ao mesmo tempo”, salientou.
“No hospital eu era uma acompanhante do paciente Benedito. Não fui para ficar avaliando o trabalho do pessoal. Estava numa situação emocionalmente muito difícil, complicada. E tive o alento necessário para perceber como todo o corpo técnico de profissionais da Unidade AVC se colocou à disposição do meu pai e para me explicar tudo o que estava acontecendo. Foram quase 20 dias internado entre UTI e Enfermaria, até ter a alegria de levá-lo de volta para casa”, disse emocionada Daniela.
“Seu” Benenito passou a morar com a filha em Campo Alegre. Recebe os cuidados em casa, com apoio da Secretaria de Saúde do município. “Temos consciência que ele recebeu uma sobrevida. Sabemos disso. É cuidar para dar conforto e tranquilidade todos os dias. Ele tem dificuldade para falar, mas sempre comenta sobre a equipe, manda mensagem, pede para ligar. Só tenho a agradecer a toda a equipe que cuidou do meu pai, com todo carinho e experiência profissional. Profissionais que nos deram a oportunidade de tê-lo ainda aqui”, afirmou.
“Casos como o do “seu” Benedito reforçam como nossas equipes, além de conduzirem os procedimentos com extremo profissionalismo, também são humanos no tratamento dos pacientes e no olhar para os acompanhantes que estão angustiados. São esforços mesmo diante de casos dificílimos. Jamais desistir dos pacientes, jamais”, confirmou Bárbara Albuquerque, gerente do Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca.
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