Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (13) sobre o incêndio que matou três moradores e deixou duas pessoas feridas dentro de um condomínio residencial no Benedito Bentes, militares do Corpo de Bombeiros (CB) informaram que o condomínio já havia sido notificado duas vezes por irregularidades, mas não existia um síndico para receber os comunicados. Segundo eles, o local estava sem vistoria desde o mês de setembro de 2021.
O tenente Clemens Barbosa explicou que todas as mangueiras de combate ao incêndio estavam cortadas em virtude de crimes de roubo na região, o que teria facilitado o incidente, cuja causa só será apontada em laudo da perícia a ser realizada em 30 dias.
"As vistorias foram realizadas dentro dos prazos, entretanto, a edificação não cumpriu seu papel e não tinha um síndico para receber a notificação. Diante disso, vamos tentar encontrar uma forma de identificar se os condomínios têm responsáveis para receberem tais notificações".
Segundo o tenente, o prédio recebeu a primeira notificação no dia 10 de setembro de 2022, porque já estava sem vistoria havia um ano. A segunda foi dia 09 de outubro do mesmo ano, mas, nada de resposta por parte do condomínio, pela falta de um responsável.
"O incêndio foi de pequena proporção, era um apartamento pequeno de 45 a 50 metros e a estrutura não está comprometida. Apesar de tudo, a corporação se solidariza com a perda de 3 vítimas e presta os sentimentos aos familiares. A distância do deslocamento para o local é curta, porém existe uma série de fatores que podem prejudicar o tempo-resposta, como a educação do trânsito. Demoramos 13 a 14 minutos para chegar ao local", reforçou o tenente.
De acordo com o major Pontes, que esteve na cena do incidente, o principal foco das chamas foi perto da janela, na sala de estar, onde o fogo teria se iniciado. Porém, ainda não é possível saber a causa. Ele contou que, no apartamento, estavam armazenados vários materiais recicláveis, que são objeto de trabalho das vítimas.
Três pessoas morreram por causa do incêndio, sendo um casal de idosos e o filho deles, que, pelo que foi apurado no local, fazia uso de cadeira de rodas. Uma menina de 7 anos está internada em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE), além de uma mulher que escorregou da janela do 3º andar ao pedir ajuda. Esta deve passar por procedimentos cirúrgicos em virtude das lesões sofridas.
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