O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (16) que pedirá à Organização das Nações Unidas (ONU) para a Amazônia sediar a Conferência do Clima (COP) em 2025.
Lula deu a declaração no Egito ao discursar no evento "Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática", relacionado à COP27. Governadores brasileiros também participaram do evento.
Entre outros pontos, a Cúpula do Clima serve para que os países possam discutir as mudanças climáticas e propor medidas para a redução de gases do efeito estufa. O Brasil iria sediar a COP25, em 2019, mas a pedido do presidente Jair Bolsonaro a conferência mudou de país e foi transferida para a Espanha.
"Nós vamos falar com o secretário-geral da ONU [António Guterres] e vamos pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil e, no Brasil, seja feita na Amazônia. E, na Amazônia, tem dois estados aptos a receber qualquer conferência internacional, que é o estado da Amazonas e o estado do Pará", afirmou Lula nesta quarta.
Lula desembarcou no Egito na última segunda-feira (14). O presidente eleito viajou para a COP27 a convite do presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi. Esta é a primeira viagem de Lula ao exterior desde que venceu Bolsonaro nas urnas.
Ainda no discurso desta quarta-feira, Lula acrescentou ser "importante" que as pessoas conheçam a Amazônia.
"Acho muito importante que [a COP em 2025] seja na Amazônia e acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia e que defendem o clima conheçam de perto o que é aquela região."
Lula também aproveitou o discurso para dizer que "o Brasil está de volta ao mundo".
Ministério para os povos indígenas
A agenda de Lula divulgada para esta quarta-feira também prevê um encontro com representantes da sociedade civil e a participação do presidente eleito no Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudança Climática.
Durante a campanha eleitoral, Lula disse que, se eleito, iria criar um ministério voltado para os povos indígenas.
No discurso desta quarta-feira, voltou a falar na criação do ministério.
"Nós vamos fazer uma luta muito forte contra o desmatamento ilegal. É importante as pessoas saberem que vamos cuidar muito forte dos povos indígenas. E vamos criar um Ministério dos Povos Originários para fazer com que eles não sejam tratados como bandidos", afirmou o presidente eleito.
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