O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (22), os dados de cor ou raça para o Censo 2022. Os resultados estão acessíveis a toda a população e apresentam números desde o nível nacional até o recorte por municípios.
A identificação por cor ou raça é feita a partir da autodeclaração do informante durante a entrevista com o recenseador e compreende cinco categorias (branca, preta, amarela, parda e indígena).
Segundo o IBGE, acima da média nacional e regional, Alagoas tem mais da metade (60,4%) da sua população identificada como parda. Em todo o estado, há quase 1,9 milhão de pardos – ou, em números absolutos, 1.887.865 pessoas. A média nordestina é de 59,3%.
Ao contrário da tendência nacional, não houve variação expressiva desse grupo em relação ao Censo 2010, e o crescimento da população parda foi de 0,5% em 2022. A população alagoana total variou +0,2% entre 2022 e 2010.
Brancos são o segundo maior grupo (29,3%) do estado e somam 915.400 pessoas. Em seguida, pretos (9,6%), indígenas (0,8%) e amarelos (0,2%) compõem as demais categorias étnico-raciais de AL.
Pardos são maioria em quase todos os municípios de AL
Dos 102 municípios alagoanos, apenas Pariconha, marcado pelo maior e mais expressivo pertencimento étnico indígena do estado, não tem predominância da população parda. Nos demais, o percentual de pardos vai de 54,37% (Maceió) até 78,18% (Água Branca).
Parda é a cor ou raça predominante em 95,9% dos municípios nordestinos, região com o segundo maior percentual desse grupo no país, atrás do Norte (67,2%).
O município com maior porcentagem de pessoas autodeclaradas brancas em AL é Chã Preta (36,7%), que é seguido por Ibateguara (35%) e São Sebastião (35%). A capital Maceió está na 7ª posição do ranking, com cerca de 34% de população branca.
A maior proporção de pessoas pretas está em Palestina, onde estes representam 20,42% da população total e são o segundo maior grupo étnico-racial do município. Palestina, conforme já divulgado por outros dados do Censo 2022, também possui a maior proporção de pessoas que se consideram quilombolas no estado – quase 34% da população total.
O maior percentual de amarelos (asiáticos) está em Jacuípe (0,9%) e a maior proporção de pessoas que se declaram de cor ou raça indígena está em Pariconha (45,4%).
Amarelos são o grupo com menor proporção de homens
A população amarela de Alagoas é o grupo étnico-racial com menor presença masculina. Seguindo a tendência nacional, essa categoria tem a menor razão de sexo do estado: 67,02.
O cálculo da razão de sexo é semelhante ao do índice de envelhecimento. A razão calcula a quantidade de homens a cada 100 mulheres. Quando os números são inferiores a 100, significa que há prevalência de pessoas do sexo feminino; quando maiores, há mais pessoas do sexo masculino.
Para a população amarela, portanto, há 67 homens para cada 100 mulheres em Alagoas. Quase todos os demais grupos têm menor proporção de pessoas do sexo masculino – brancos (88,18); pardos (91,04); e indígenas (98,08).
A exceção fica com a população preta: para cada 100 mulheres, há aproximadamente 110 homens. Esse retrato se repete na média nacional.
*com Assessoria
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