A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou, neste sábado (6/11), uma nota sobre a linha de distribuição atingida pela aeronave que transportava a cantora Marília Mendonça, 26 anos. Segundo a concessionária, a linha está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga. O acidente que vitimou a artista e mais quatro pessoas ocorreu na tarde dessa sexta-feira (5).
No comunicado, a Cemig reforçou que a localização da torre cumpre os termos de portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica Brasileiro.
Ilustração mostra com detalhes o posicionamento da Linha de Distribuição. Veja:
“Reiteramos que a Cemig segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos. As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia novamente lamenta esse trágico incidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas”, diz o texto.
Acidente
O avião que transportava a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas bateu nos cabos de energia de uma torre de transmissão antes de cair perto de uma cachoeira próximo ao aeroporto de Caratinga (MG), na tarde dessa sexta-feira (5/11). Não houve sobreviventes no acidente aéreo.
“A Cemig informa que o avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição da Companhia no município de Caratinga”, diz a empresa. “A Cemig manifesta seu pesar pelas vítimas do acidente e presta solidariedade a familiares e amigos”, acrescentou a empresa. A cantora publicou um vídeo de dentro do avião a caminho de Caratinga.
Além de Marília, que tinha 26 anos, morreram no acidente seu produtor, Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.
Investigação das causas do acidente
A informação revelada pela Cemig deverá ajudar na investigação sobre as causas da queda do avião, que será feita pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 3), localizado no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para realizar a ação inicial do acidente envolvendo a aeronave de matrícula PT-ONJ, em Caratinga (MG)”, informou a FAB ao Metrópoles.
Na ação inicial feita pelo Cenipa, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos. “Não existe um tempo previsto para essa atividade ocorrer, dependendo sempre da complexidade da ocorrência”, explicou a FAB.
Carreira
Marília Mendonça morreu no auge da carreira. Ela se deslocava para Caratinga, cidade mineira a cerca de 300 km de Belo Horizonte, para a realização de um show na noite de sexta-feira (5/11). Com ela estavam um tio, assessores, piloto e copiloto da aeronave.
Ela é bastante conhecida pelas músicas chamadas de sofrência. É uma das principais representantes do feminejo, ao lado de artistas como Maiara e Maraísa (de quem é muito próxima desde o começo da carreira) e Simone e Simaria.
Além de cantora, Marília também é compositora de outros nomes famosos do universo sertanejo. Músicas de autoria dela já foram gravadas por nomes como Jorge e Mateus, Henrique e Juliano e Zé Neto e Cristiano.
Fonte: Metrópoles
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