A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) tem realizado ações para garantir o acesso à religião para todos os reeducandos do sistema prisional alagoano. Esse trabalho é feito através da coordenação de Assistência Religiosa da Seris, que é responsável pela organização de tais atividades dentro das unidades prisionais.
A prestação de assistência religiosa está prevista na Lei de Execuções Penais, que propõe o respeito à liberdade de culto aos presos e aos internados, permitindo-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal.
Além da previsão legal, estudos científicos apontam que a religião traz benefícios para saúde física e psíquica, podendo ser usada como ferramenta de aprimoramento do processo de sociabilidade humana.
A coordenação de Assistência Religiosa da Seris é a ponte entre as instituições religiosas e seus custodiados, com um trabalho de cadastramento e acompanhamento das ações religiosas desenvolvidas. Atualmente, oito organizações religiosas estão cadastradas e realizam ações dentro dos presídios, são elas: APAC católica, Igreja Universal, Igreja Adventista, Instituto Espírita, Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Lar Samaria e Igreja Batista Koinona.
Em pesquisa realizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penitenciárias (Senappen), foi constatado que, atualmente, 68,33% das unidades prisionais do Brasil não disponibilizam nenhuma oferta de assistência religiosa. Em Alagoas, o complexo prisional disponibiliza dois espaços exclusivos para atividades religiosas, nas unidades Baldomero Cavalcanti e Núcleo Ressocializador da Capital, equipados com toda a estrutura necessária para a realização dos eventos religiosos.
Segundo a policial penal e coordenadora da assistência religiosa da Seris, Wilman Lopes, a assistência religiosa faz parte da política de ressocialização promovida pela pasta.
"A assistência religiosa para o reeducando está prevista na legislação brasileira, por isso, cabe a nós, que somos responsáveis pelo processo de ressocialização e inclusão social dos apenados em Alagoas, promover o acesso tanto das organizações religiosas, para que possam realizar efetivamente as suas ações nas unidades prisionais, como também para garantir o acesso ao custodiado que tenha interesse em participar das ações”, ressaltou a coordenadora.
Sobre o trabalho realizado pela organização no sistema prisional, a missionária da igreja batista Koinona, Marcele Teles, disse que durante todo o ano são feitas orações pelo sistema prisional como um todo, desde a população carcerária como também para todo o corpo de profissionais que trabalham na instituição. "E sempre que temos oportunidade, trazemos às pessoas a palavra de Deus, que cura, liberta e transforma o ser humano, para que ele retorne ao convívio da sociedade transformado”, completou a missionária.
As instituições religiosas que tiverem interesse em realizar ações no sistema prisional alagoano e querem obter mais informações sobre o trabalho realizado, podem entrar em contato com a coordenação de Assistência Religiosa pelo e-mail [email protected] ou comparecer pessoalmente à Gerência de Educação, Produção e Laborterapia, que fica situado no complexo prisional, em Maceió, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
E-mail: [email protected]
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