Ilustração Assessoria Com a chegada do período de chuvas, é comum em residências o surgimento de mofo como também de infiltrações. Além de causar desconforto, problemas respiratórios e estresse, essas situações podem se agravar, provocando prejuízos financeiros e danos materiais. No caso das infiltrações, é importante perceber a existência de umidade nas edificações.
O professor e mestre em Engenharia Civil do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL) Jonas Cavalcante explica que a presença de umidade é uma das patologias mais recorrentes em edificações e pode causar sérias consequências à estrutura de uma construção, como vazamentos, infiltrações, manchas e eflorescências. Também compromete a salubridade do ambiente pela proliferação de fungos e bactérias. O problema se origina de diferentes maneiras e, por isso, existem diferentes tipos de umidade.
“Durante a execução da obra, é essencial que a edificação seja concebida a partir de projetos previamente elaborados, tomando-se as devidas precauções para evitar a presença de umidade. Geralmente, nas regiões inferiores das paredes a patologia é consequência da impermeabilização deficiente em vigas baldrames e alicerces, dando origem a umidade ascensional, previamente comentada”, assinala.
Cavalcante destaca que em habitações já ocupadas, por sua vez, alguns cuidados são necessários, como a manutenção periódica de telhados e calhas, além do uso do sistema de impermeabilização correto, em função do problema apresentado. Há também produtos que tratam de diferentes tipos de umidade como tintas impermeabilizantes, argamassas especiais de alta aderência e rápida secagem, borrachas de silicone ou de poliuretano para vedação e outros.
“Reforço a necessidade de, na elaboração e execução de projetos, ter a participação de um responsável técnico devidamente qualificado, de modo a identificar o produto adequado para cada situação e garantir um tratamento correto e eficiente para cada superfície. Para edificações já construídas, é importante acionar um profissional responsável assim que identificado o problema. Muitas vezes, se corrigidas no início, as infiltrações não geram grandes danos e têm baixo custo de correção, mas se negligenciadas, podem ser onerosas e acabam comprometendo outros sistemas existentes na edificação”, alerta.