"Todos nós estamos aliviados. Graças a Deus que acabou tudo", essas foram as palavras da cozinheira alagoana Wagna da Silva, de 43 anos, um dos doze trabalhadores alagoanos que foram resgatados em situação análoga à escravidão em uma fazenda de café no Espírito Santo, ao chegar a Penedo, em Alagoas, no início da manhã desta sexta-feira (17).
O grupo com 12 pessoas saiu do ES na quarta-feira (15) e deveria chegar aqui no estado por volta das 19h desta quinta-feira (16), mas o retorno demorou mais um pouco porque a Van que eles vinham quebrou na estrada em Sergipe. Aliviados, eles comemoraram a chegada a cidade e o reencontro com familiares.
O caso começou a ser investigado após a cozinheira gravar um vídeo denunciando a situação. Ela comunicou que, junto com 11 trabalhadores, foi levada à fazenda para colher café, mas, quando chegaram ao local, não encontraram o que esperaram.
Os trabalhadores passaram duas semanas na fazenda. Segundo eles, o acordo era que o proprietário mandasse o transporte e eles pagariam em duas vezes a quantia de R$ 6 mil com o trabalho. Mas, quando chegaram na fazenda, foram informados de que o valor era de R$ 8 mil. A dívida quando eles foram resgatados já passava de R$ 10 mil para cada um.
O resgate foi executado pela Polícia Militar do Espírito Santo após uma mobilização de vários órgãos e os trabalhadores estão recebendo assistência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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