O Conselho de Sentença da 8ª Vara Criminal da Capital condenou o réu José Sandro de Andrade a 16 anos e seis meses de prisão por ter matado a golpes de capacete a companheira, Maria Edja Mariano da Silva, em 2020, no bairro Cidade Universitária. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.
O júri foi conduzido pela juíza Luana Cavalcante de Freitas, nesta terça (16), no Fórum da capital. Os jurados reconheceram a autoria do crime, acatando a tese do Ministério Público pela prática do crime de homicídio qualificado.
De acordo com a magistrada, o acusado agiu com frieza e extrema violência. “O réu a espancou com um capacete, e, mesmo após vê-la caída ao solo, continuou a atingi-la para levá-la à morte, sempre no rosto, o que demonstra a vontade acentuada do réu de executá-la”.
Ainda segundo a magistrada, as consequências do crime causaram efeitos danosos à família da vítima. “A vítima era mãe, e ao ter sua vida retirada pelo réu, deixou três filhos menores órfãos, sem o imprescindível cuidado materno, consequência emocional que não se pode mensurar”, disse.
A motivação seria a descoberta de uma suposta traição por parte da ex-companheira. De acordo com o processo, no dia do homicídio, os dois haviam ingerido bebidas alcoólicas juntos, e quando se deslocavam de moto para beber em outro lugar, a vítima manifestou que queria ir para um local próximo ao suposto amante, e com isso iniciou-se uma discussão.
O acusado narrou que parou a moto e passou a agredi-la no rosto, por diversas vezes, e admitiu que tinha a intenção de matá-la. José Sandro contou também que mesmo com a companheira caída no chão, seguiu com os golpes e só parou quando populares chegaram e começaram a agredi-lo.
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