Empresário que atropelou ciclistas vira réu por homicÃdio, tentativa de homicÃdio e mais 3 crimes
Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas
Câmera de segurança flagrou momento em que soldado Cibelly e o noivo são atropelados em ArapiracaA Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) e tornou réu o empresário Edson Lopes da Rocha por cinco crimes contra o casal de policiais militares Cibelly Barbosa e Gheymison do Nascimento Porto, entre eles o homicídio doloso contra Cibelly e tentativa de homicídio contra Gheymison. A decisão foi publicada no Diário da Justiça desta segunda-feira (6).
Além disso, Edson Lopes também vai responder pelos crimes de embriaguez ao volante, omissão do socorro e fuga do local do acidente.
João José dos Santos, amigo do empresário, que o ajudou a sair do local do acidente, também se tornou réu por dois crimes: omissão de socorro e favorecimento pessoal, que é quando alguém assegura a fuga de um criminoso.
Edson estava preso no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) da cidade de Craíbas desde a última terça (24), quando se entregou quase uma semana depois de ter a prisão temporária decretada pela Justiça. No dia 30 de outubro, a prisão temporária foi convertida em preventiva.
O acidente
O acidente aconteceu no dia 14 de outubro, no Sítio Bom Jardim, zona rural de Arapiraca, e foi registrado por uma câmera de segurança. As imagens mostram o momento exato em que uma caminhonete atinge os dois ciclistas.
As vítimas foram o policial militar Gheymisson Nascimento Porto e sua noiva, a também policial militar Cibelly Barboza Soares, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em depoimento, o motorista Edson Lopes contou que não viu os ciclistas na pista e negou que estivesse bêbado ou que tenha fugido sem prestar socorro, alegando que chamou a filha, que é enfermeira, para prestar assistência às vítimas.
O policial militar Gheymison Nascimento Porto disse que não se lembra do momento do acidente nem como foi socorrido e levado para hospital.
Ele só se lembra que estava "feliz" pedalando com a soldado Cibelly Barbosa, a noiva, que não resistiu aos ferimentos. Ele só soube que ela tinha morrido cinco dias depois do acidente.
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