A filha da advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra, morta a facadas em julho de 2022, no bairro Antares, em Maceió, contou, durante depoimento em julgamento, que Alison José Bezerra da Silva - acusado pelo crime - era violento, presenciava as agressões feitas contra a mãe e vivia com medo. O julgamento está sendo realizado nesta terça-feira (6), no Fórum do Barro Duro.
Ana Beatriz, filha da vítima, afirmou que o relacionamento dos pais era conturbado e que ele sempre foi violento, tanto com a mãe como com os filhos. Em um dos casos, por exemplo, segundo ela, o réu chegou a agredir sua avó materna, que era proibida de ficar com Maria Aparecida.
Ainda de acordo com Ana Beatriz, a vítima dependia emocionalmente de Alison, que sempre a chantagiava. "Apesar de nova, quando presenciava as agressões, conversava com minha mãe e dizia: 'mãe, por que a senhora não separa? Eu nunca vou querer um relacionamento desse na minha vida'", disse.
A filha da advogado relatou também que o réu sempre ficava fora de cara, mas vigiava a mãe por câmeras de videomonitoramento. Ela, inclusive, costumava deixar a residência quando Alison chegava.
"Andava 'pisando em ovos' com medo de ele entender qualquer atitude como errada para apanhar”, lembrou a jovem, que completou contando que já foi agredida pelo homem por ter escrito seu nome no carro com poeira.
"Estou prepara para ir até o fim, lutando por ela (Maria Aparecida). Não vou descansar até o assassino dela ser condenado”, finalizou Ana Beatriz.
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