24/12/2022 08:00:26
Justiça
Juiz manda internar em centro psiquiátrico homem quem matou idosa
Juiz disse que José Clóvis não demonstrou qualquer tipo de remorso quanto a perda de sua companheira de mais de 30 anos
ReproduçãoJosé Clóvis
Redação com Gazetaweb

 A Justiça determinou, nesta sexta-feira (23), a internação, no Centro Psiquiátrico Judiciário, de José Clóvis Ferro da Silva, 59 anos. Ele foi preso em flagrante nessa quinta-feira (22), em Penedo, pelo assassinato da esposa, identificada como Amair Mota Ferro, de 90 anos. A mulher foi morta a golpes de soco e o marido alegou que, durante a madrugada, confundiu-a com um ladrão.

Durante a audiência de custódia, que foi conduzida pelo juiz Caio Evangelista, José Clóvis teria demonstrado, segundo o magistrado, confusão mental e afirmado que a esposa faleceu há semanas. “Além disso, no inquérito, há encaminhamento médico para psiquiatria, sustentando confusão mental do custodiado”, esclareceu o magistrado.

O juiz informou ainda que José Clóvis não demonstrou qualquer tipo de remorso quanto a perda de sua companheira de mais de 30 anos. O Centro Psiquiátrico para o qual José Clóvis será enviado funciona no sistema prisional de Alagoas, no bairro Cidade Universitária, em Maceió.

O CASO

Amair Mota Ferro, de 90 anos, foi morta na madrugada da última quinta-feira (22) na cidade de Penedo, região do Baixo São Francisco. De acordo com a polícia, o marido contou que a confundiu com um ladrão e deu vários socos em seu rosto. Ele foi preso e autuado por feminicídio.

A polícia esteve no local e encontrou a mulher deitada no chão perto da cama, já sem vida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito da vítima, que tinha vários hematomas no rosto.

A versão do marido dada aos militares é de que acordou de madrugada com alguém pegando em seu pescoço e, achando que era um ladrão, deu vários socos na pessoa para se defender e saiu correndo de casa. O homem foi para rua e pediu socorro a um vigia, dizendo que em sua casa havia ladrões. Entretanto, quando a testemunha entrou no imóvel, não encontrou ninguém além da vítima.

"Ele não tem nenhuma lesão pelo corpo, apenas machucados na mão direita, decorrentes dos murros que ele deu na vítima", disse o chefe de serviços da delegacia de Penedo, Walber Cardoso.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a Polícia Científica foi acionada ao local e constatou que as lesões na vítima foram feitas bem antes do horário em que o homem pedia ajuda na rua, o que levanta a suspeita de que o crime não ocorreu durante a madrugada.

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