O júri popular de Ana Patrícia da Silva Laurentino, Vítor de Oliveira e Wagner Oliveira, acusados de matar Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, de 10 anos, no ano passado, foi remarcado pela segunda vez, após o advogado de defesa do caso, Raimundo Palmeira, testar positivo para a Covid-19. A previsão, agora, é que ocorra no próximo dia 12.
O júri havia sido marcado inicialmente para o dia 16 de novembro, porém, o promotor do caso também testou positivo para Covid, não havendo tempo hábil para a convocação de outro, sendo o julgamento adiado para esta sexta-feira, 2. Contudo, o advogado de defesa de Vítor de Oliveira e Wagner Oliveira testou positivo para a doença e pediu o adiamento do julgamento.
Os réus Ana Patrícia da Silva Laurentino, mãe do menino; Vítor de Oliveira Serafim, padrasto do menino; e Wagner de Oliveira Serafim, irmão de Vitor, responderão pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.
A decisão de pronúncia havia sido proferida pelo juiz Ygor Figueirêdo, da 14ª Vara da Capital. Desde que foram indiciados pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), nenhum dos três confessou o crime.
O CASO
Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, de 10 anos, foi encontrado morto em uma calçada no bairro do Clima Bom, em Maceió, no dia 13 de maio de 2021. À época, a versão apresentada pela família à polícia foi de que ele tinha desaparecido um dia antes, ao sair de casa para o reforço escolar.
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o menino foi estuprado, mas que a causa da morte foi aspiração por sangue. O exame de necropsia constatou lesões na região craniana, na face e no interior da boca da vítima, provocando o sangramento que resultou na asfixia.
Um objeto foi introduzido no ânus da vítima morta para que a polícia acreditasse que se tratava de um crime sexual. Um preservativo foi encontrado no local onde estava o corpo, mas só havia material genético na parte de fora do preservativo. O material genético era de Rhaniel.
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