24/04/2024 09:50:09
Justiça
Justiça decreta prisão preventiva de dupla que participou de chacina
Jovens afirmaram que foram obrigados a esconder os corpos das quatro vítimas em uma cacimba
Reprodução
Redação com GazetaWeb

Os dois jovens que foram presos por participação na chacina que deixou quatro pessoas mortas, no Sítio Laranjal, em Arapiraca, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, após pedido do delegado Everton Gonçalves durante o final de semana.

Segundo o delegado, a prisão inicial da dupla se deu pela ocultação dos cadáveres, entretanto, foi representada pela prisão deles, também, pelos homicídios.

A Delegacia de Homicídios de Arapiraca, agora, investiga o que teria motivado o crime. Até o momento, o empresário e atirador desportivo (CAC) Reginaldo da Silva Santana é apontado como o autor dos disparos; o sobrinho dele e um amigo ajudaram a ocultar os cadáveres.

“Oficialmente ele (empresário) não prestou nenhum tipo de informação, durante o interrogatório, ele ficou em silêncio. Temos dados apurados de maneira informal. Várias pessoas serão inquiridas para que tentemos descobrir a motivação, estão sendo feitas diligências, câmeras de segurança e perícias solicitadas e ao fim deve haver um novo interrogatório. Precisamos identificar a motivação para esse crime bárbaro, a participação das outras pessoas presas, se eventualmente, há a participação de uma terceira pessoa. Nós não descartamos que pode haver a participação de alguém”, disse o delegado.

As vítimas são os irmãos Letícia da Silva Santos, de 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; além de Joselene de Souza Santos, de 17 anos (companheira de Lucas), e Erick Juan de Lima Silva, de 20 anos (companheiro de Letícia).

Após ser presa em Sergipe, a dupla contou que foi obrigada a esconder os corpos, sob ameaças de Reginaldo, que a todo momento apontava uma arma para eles. Eles disseram, também, que estavam no quarto quando ouviram uma discussão entre o suspeito e as vítimas e, em seguida, ouviram os disparos.

"Acabou ele (Giba) xingando eles (vítimas), agredindo e efetuando disparo na cabeça de um menino, do galego. Depois deu dois disparos na cabeça do outro, virou, atirou na cabeça da menina, da outra menina também e acabou que ele apontou uma arma para a gente e fez a gente levar os corpos pra cacimba. Eu pedi pelo amor de Deus para ele não atirar.”, disse um dos presos.

O segundo preso também afirmou que foi forçado a ocultar os cadáveres. “A gente não ajudou por livre e espontânea vontade, a gente foi forçado. A todo momento ele estava com uma arma apontada, dizendo que, se a gente falasse alguma coisa a alguém, ele ia matar a gente. Se não fosse ele, tinha gente que matava por ele”, contou.

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