Os dois jovens que foram presos por participação na chacina que deixou quatro pessoas mortas, no Sítio Laranjal, em Arapiraca, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, após pedido do delegado Everton Gonçalves durante o final de semana.
Segundo o delegado, a prisão inicial da dupla se deu pela ocultação dos cadáveres, entretanto, foi representada pela prisão deles, também, pelos homicídios.
A Delegacia de Homicídios de Arapiraca, agora, investiga o que teria motivado o crime. Até o momento, o empresário e atirador desportivo (CAC) Reginaldo da Silva Santana é apontado como o autor dos disparos; o sobrinho dele e um amigo ajudaram a ocultar os cadáveres.
“Oficialmente ele (empresário) não prestou nenhum tipo de informação, durante o interrogatório, ele ficou em silêncio. Temos dados apurados de maneira informal. Várias pessoas serão inquiridas para que tentemos descobrir a motivação, estão sendo feitas diligências, câmeras de segurança e perícias solicitadas e ao fim deve haver um novo interrogatório. Precisamos identificar a motivação para esse crime bárbaro, a participação das outras pessoas presas, se eventualmente, há a participação de uma terceira pessoa. Nós não descartamos que pode haver a participação de alguém”, disse o delegado.
As vítimas são os irmãos Letícia da Silva Santos, de 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; além de Joselene de Souza Santos, de 17 anos (companheira de Lucas), e Erick Juan de Lima Silva, de 20 anos (companheiro de Letícia).
Após ser presa em Sergipe, a dupla contou que foi obrigada a esconder os corpos, sob ameaças de Reginaldo, que a todo momento apontava uma arma para eles. Eles disseram, também, que estavam no quarto quando ouviram uma discussão entre o suspeito e as vítimas e, em seguida, ouviram os disparos.
"Acabou ele (Giba) xingando eles (vítimas), agredindo e efetuando disparo na cabeça de um menino, do galego. Depois deu dois disparos na cabeça do outro, virou, atirou na cabeça da menina, da outra menina também e acabou que ele apontou uma arma para a gente e fez a gente levar os corpos pra cacimba. Eu pedi pelo amor de Deus para ele não atirar.”, disse um dos presos.
O segundo preso também afirmou que foi forçado a ocultar os cadáveres. “A gente não ajudou por livre e espontânea vontade, a gente foi forçado. A todo momento ele estava com uma arma apontada, dizendo que, se a gente falasse alguma coisa a alguém, ele ia matar a gente. Se não fosse ele, tinha gente que matava por ele”, contou.
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