A Justiça determinou a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, nesta sexta-feira, 3, atendendo recurso do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Antes, três pedidos de prisão contra ele tinham sido negados ainda em primeira instância.
O desembargador João Augusto Garcia é quem assina a decisão. Segundo ele, a prisão preventiva visa "acautelar a ordem pública, ante o risco de reiteração das condutas, e garantir a regular instrução criminal".
Fernando Sastre dirigia um Porsche pela Avenida Salim Farah Maluf, no dia 31 de março, quando colidiu contra o Sandero conduzido pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que veio a falecer.
Em sua decisão, o desembargador citou ainda os outros acidentes em que Andrade Filho esteve envolvido e o registro de uma participação dele em um racha na Avenida Paulista.
"Com efeito, a ligação com atos semelhantes, em havendo indicativos de que, mesmo instado por pessoas a não dirigir, por seu estado (indicado ainda pelo frentista Reinaldo, que viu o réu sair cambaleando), fazem crer na possibilidade de reiteração em descumprimento de normas, devendo o poder judiciário estar atento quanto ao resguardo da ordem pública, prevalecendo, nesse momento, o interesse coletivo, em detrimento do individual", escreveu.
Garcia afirmou ainda que há precedentes de prisões preventivas em casos de rachas, com consequências inferiores às do caso envolvendo o empresário, em que houve uma vítima fatal e uma pessoa lesionada gravemente.
Ao decidir pela prisão preventiva, que tem ordem para ocorrer de forma imediata, o Tribunal de Justiça de São Paulo revoga as medidas cautelares as quais Fernando Sastre estava vinculado. A decisão, porém, mantém apenas a fiança de R$ 500 mil que já foi cobrada do empresário.
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