A Justiça de São Paulo negou o pedido feito por Wilma Petrillo, viúva de Gal Costa, para que Gabriel Costa, filho de 18 anos da cantora, fosse submetido a uma perícia psicossocial.
O juiz da 12ª Vara da Família e Sucessões da capital disse que o estado mental de Gabriel não é tema do processo, principalmente por ele ser maior de idade e capaz.
O magistrado apontou, ainda, que a apuração da capacidade civil do jovem deve ser feita em ação própria, caso seja vontade de Wilma.
A ex-empresária de Gal fez o pedido sob a justificativa de que Gabriel estaria sofrendo manipulação por parte da atual namorada, que seria, de acordo ela, 33 anos mais velha do que o jovem.
No pedido feito — e agora negado —, a viúva disse que, quando iniciou relacionamento com a mulher de 51 anos, mãe de sua ex-namorada, Gabriel deixou de frequentar as consultas com psiquiatra e psicólogo com quem fazia acompanhamento desde a adolescência.
A solicitação foi feita no âmbito do processo movido por Gabriel Costa que pede a nulidade de um documento assinado por ele mesmo no qual dizia que Wilma Petrillo vivia com Gal como se elas fossem casadas.
A declaração dele foi determinante para o Judiciário reconhecer que Wilma mantinha união estável com Gal, o que a colocou também na posição de herdeira.
O herdeiro afirma que apenas escreveu e assinou a carta porque teria sido coagido por Wilma. Ele diz que temia por sua segurança física e psicológica em razão de, à época, morar na mesma casa que a viúva.
O filho da cantora diz que as coações começaram a partir da morte de Gal, em novembro de 2022. De acordo com Gabriel:
Ele foi "submetido por Wilma a ingerir medicamentos de receita controlada, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve sua capacidade cognitiva severamente reduzida";
Wilma lhe fazia ameaças "dizendo que deveria a ela se submeter", alegando que a Justiça teria deferido a guarda dele a ela até os 21 anos;
A viúva teria tentado convencer Gabriel a assinar "um documento de confissão de dívida e que possuía direito sobre 75% dos bens [de Gal] e que, por mera liberalidade, decidiu dividir os bens em 50% para ela e 50% para o herdeiro";
Wilma teria dito: “Se você não assinar [a declaração], a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo, não, Gabriel”.
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