Nesta quarta-feira (20), Leandrinho Barbosa usou seu perfil no Instagram, em que acumula mais de um milhão de seguidores, para compartilhar uma nota de repúdio às acusações feitas por Samara Felippo, sua ex-mulher.
"Nunca gostei de polêmicas e de ficar expondo minha vida pessoal, mas diante dos fatos mentirosos imputados pela sra. Samara Felipo, estou colocando meu lado para desmentir as falsas afirmações feitas pela mãe das minhas filhas", escreveu o ex-jogador de basquete na legenda da publicação, que teve os comentários limitados. Os dois foram casados de 2008 a 2013 e tiveram duas filhas, Alicia e Lara.
Na nota, assinada por Leandrinho e seu advogado, o dr. Marco Aurelio Alves Pinto, o atleta afirma que a versão apresentada por Samara "não corresponde à realidade" e que o vídeo publicado pela atriz "tem a intenção de usar a internet como seu próprio Tribunal, buscando engajamento e seguidores com depreciação de sua imagem pública".
Ele confirma que há um processo judicial que tramita em segredo de justiça. "Por esta razão fico impedido de expor todos os detalhes", esclarecendo que "quando estávamos juntos foi realizada a compra de um imóvel cujos recursos de minha parte foram muito superiores".
Leandrinho ainda desmente a informação de que a atriz não saberia que o imóvel estava registrado no nome de seu irmão. "A Sra. Samara é pessoa bem esclarecida, atriz renomada e conhecedora dos seus direitos, e sempre teve conhecimento sim de que o bem estava no nome do meu irmão, concordando inclusive com isso. A necessidade do registro em nome do meu irmão se deu por conta do meu domicílio fiscal não ser no Brasil, com concordância de ambas as partes".
Ele continua: "Quando decidimos terminar nosso relacionamento, foi realizado, judicialmente, um acordo financeiro cujo pagamento ficou condicionado à venda da casa. Neste acordo, a Sra. Samara ficou residindo no imóvel por dois anos até que a venda ocorresse, e, nesse período, eu suportei todas as despesas mensais, necessitando esta suportar apenas com as despesas de manutenção do imóvel, o que não aconteceu. Durante os dois anos que residiu no imóvel não houve qualquer manutenção o que causou depreciação significativa, reduzindo o valor de mercado para menos da metade".
"Um exemplo da falta de manutenção foi que a piscina teve que ser inutilizada tamanha a falta de cuidado, gerando também mais desvalorização da casa. Por tudo isso, existe uma discussão judicial acerca dos pagamentos ajustados no acordo", justificou.
"Durante estes anos de processo, esqueceu a Sra. Samara de mencionar em sua postagem ter recebido dois imóveis de minha propriedade na cidade de São Paulo, imóveis esses que se aproximam e até ultrapassam os valores do apartamento de sua propriedade vendido por ela a época, ou seja, não procede a alegação de que nunca recebeu nenhuma compensação", argumentou.
O jogador encerrou a nota informando que seus advogados "fizeram diversas propostas de acordo para encerramento do processo" e que todas foram negadas pela atriz, que, segundo ele, "nunca concorda com os valores oferecidos".
"Não me pronunciarei mais sobre o caso, uma vez que tais questões devem ser discutidas na Justiça e não através das redes sociais", concluiu.
Minutos após a divulgação da nota de repúdio de Leandrinho, Samara compartilhou um texto, creditado a Anna Gallafrio, sobre o jogo da reputação masculina e o silêncio compulsório que é destinado às mulheres.
Leia na íntegra a seguir:
"A reputação de um homem é uma medalha de ouro na parede, admirada por todos e todas. Em volta do quadro de medalhas, um cordão de isolamento, onde mulheres e homens PROTEGEM essa reputação de quaisquer suspeitas de ameaça que OUSEM se aproximar.
Ouço mulheres descobrindo situações assombrosas, da falta de caráter à violência sexual, da traição à violência doméstica, da corrupção ao estelionato emocional. Pedófilos, predadores sexuais, agressores e bandidos, ditos homens honrados, a medalha tá na parede como prova. INTACTA.
A parede que sustenta as medalhas estremece, elas querem GRITAR de raiva e frustração. Imediatamente, surge o pelotão de choque. A primeira preocupação em casos assim, para nenhuma surpresa, é que o criminoso (ou cafajeste) NÃO SEJA EXPOSTO.
Inclusive, caso ele seja exposto, a coisa fica feia, muito feia.... PRA QUEM EXPÕE. Será julgada barraqueira, descontrolada, amargurada, 'Deve ser dor de cotovelo', 'Ela não deveria expor isso, que mulher repugnante, não seja como ela'.
A mulher está condenada ao SILÊNCIO COMPULSÓRIO. Se tentar arrancar a medalha de honra ao mérito da parede, será barrada pela horda de protetores. Ela sabe que esse prêmio não foi recebido com legitimidade, houve fraude. ELA SABE.
Quando ela abaixa a cabeça (quanto mais docemente, melhor) terá a ÚNICA chance de amparo depois da ruptura com o homem. Caso contrário, será exilada social e moralmente.
Quantas e quantas histórias coleciono no meu sigilo confidencial das escutas! A estratégia cultural de CALAR as mulheres segue soberana. "Eu só posso falar isso para você."
O séquito de protetores da SUPOSTA MORAL do homem faz coro com o patriarcado: 'Só não vá expor'. 'Pelas suas crianças, não exponha esse pai'. 'Eu se fosse você, deixava quieto'".
Entenda o caso
Samara Felippo usou as redes sociais nesta segunda-feira (19.03) para fazer um desabado. A atriz, de 45 anos, compartilhou um vídeo criticando a conduta da justiça. Segundo ela, seu ex-marido, o jogador de basquete Leandro Barbosa, a deve o valor de um imóvel que foi vendido e até hoje não recebeu por ele. Ela explica que em 2014 comprou uma casa em uma área nobre do Rio de Janeiro com Leandrinho e, após se separar, descobriu que o imóvel estava no nome de seu cunhado. Até hoje, ela tenta reaver o dinheiro do patrimônio.
"Vou contar uma história, parte dela, pela primeira vez. Eu nem gostaria que viesse a público. Segurei durante muito tempo, mas os meus limites e a lentidão da justiça no Brasil, entre outras coisas, me obrigam a vir aqui. O medo de adoecer, me obriga. O nó que tiro daqui me alivia, já estava me sufocando, angustiando, adoecendo", desabafou ela ela.
"Quero trazer comigo milhares de vozes de outras mulheres silenciadas por uma justiça que não olha pela gente no Brasil. O ano era 2008. Minha vida estabilizada, 11 anos de carreira, tinha acabado a Dança dos Famosos, carro próprio na garagem, uma novela seguida da outra, e um sonho que realizei mais ou menos em 2005, que foi de comprar o meu apartamento próprio. Vivi neste 'apê' durante anos. Anos incríveis, inclusive. Solteira e fazendo o que eu queria. Ai, eu conheci o genitor, pai das minhas filhas e nos apaixonamos. Diante de toda a minha romanização e vontade mútua, reciprocidade dele, eu engravidei. Pensava: 'Nossa, estou realizando um sonho de menina: nossa casa, nossa família, nossa filha... Já grávida, a gente decidiu comprar uma casa em um bairro nobre do Rio de Janeiro.
"E aí é que começa o meu pesadelo. Para me sentir parte daquela compra, eu dei, vendi o meu único bem próprio que era o meu apartamento, aquele sonho que realizei, para dar como parte na compra da casa. A nossa casa. E é óbvio que ele não precisava. tem uma situação financeira ótima até hoje, mas aceitou naquela época mesmo assim. O meu apartamento também era localizado em uma área nobre do Rio, na Barra. Mas essa casa que a gente comprou valia muito mais. Obvio. Eu estava grávida, feliz, confiante, romantizada, 'encaixotadinha', sonhadora... Nem me atentei a contratos de compra, venda, negociações. Enquanto ele estava nos EUA, eu tocava a obra da casa. Só sei que vendi o único bem que tinha no meu nome e coloquei o dinheiro na conta dele. Quando veio a separação, cinco anos depois, descobri que a casa estava no nome do irmão dele. Não tive direito a nada", lamentou.
"Luto na justiça há quase dez anos para ter o que é meu de direito de volta. Nada acontece. A justiça já homologou e nada foi feito. Essa casa já foi vendida e não vi um tostão. Eu tenho tudo: provas jurídicas, notificações, contratos, o contrato que foi homologado e não foi pago em 30 dias. Não sei porquê. Ele tem tudo nos EUA e aqui no Brasil nada em nome dele e nada é feito. Ele segue nos EUA inalcançável. Nunca falei isso aqui pelo fato de ter medo, que assola todas nós mulheres".
Na legenda, Samara completou: "Se é violência patrimonial ou não esse tipo de caso eu não sei, só seu que ele me deve há 10 anos um patrimônio que é meu por direito. Não estou falando de pensão, sempre pagou corretamente o que é o mínimo dentro da paternidade que exerce. Quero que a justiça se mexa e faça ele pagar o que me foi tirado!!! Começo hoje meus vídeos de DENÚNCIA!! Cheguei ao meu limite! Espero que esse vídeo alcance quem precisa ser alcançado e algo seja feito. Obrigada a todos que estarão aqui em apoio e acolhimento, o resto não me importa. É resto que não me acrescenta. Bom dia!!! Fiquem à vontade para compartilhar, mulheres e homens, que se dizem aliados!!!
A Vogue entrou em contato com Leandro Barbosa no dia da publicação, mas não obteve resposta. Samara foi casada com o jogador de basquete entre 2008 a 2013. Juntos, eles tiveram duas filhas, Alicia e Lara.
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