O Ministério Público recorreu na tarde desta sexta-feira (13) da decisão que colocou Suzane von Richthofen em regime aberto. Ela foi solta na última quarta-feira (11), após conseguir um alvará na Justiça.
De acordo com o MP, a promotoria se posicionou contra a progressão da pena de Suzane e protocolou junto ao Tribunal de Justiça uma petição pedindo a revogação da soltura.
Na quarta-feira (11), o Ministério já havia informado a insatisfação com a decisão. Na data, o órgão relatou que a defesa de Suzane fez o pedido de progressão de pena e durante o processo o MP solicitou que ela fizesse um teste criminológico.
O resultado do teste foi favorável e indicou que Richthofen estava apta a receber o benefício e conquistar o regime aberto.
Apesar do resultado positivo, o Ministério fez um novo pedido à Justiça, solicitando um teste mais detalhado, o teste de Rorschach, que é um exame psicológico que consegue identificar traços da personalidade da pessoa.
Ainda segundo o MP, na época não havia um profissional qualificado na região de Tremembé, no interior de São Paulo, que pudesse realizar o teste com Suzane.
O MP pediu um prazo maior para o exame, que seria feito dentro de um mês, entretanto, o órgão informou que a juíza que cuida do caso entendeu que não era necessário e o exame criminológico bastou para embasar a decisão que determinou a soltura da Suzane.
Até que o recurso seja julgado, Suzane seguirá cumprindo o regime aberto.
O g1 acionou a defesa de Suzane von Richthofen, mas a advogada informou que o caso corre sob sigilo, por isso não vão se manifestar.
Regime aberto
Suzane von Richthofen, presa desde 2002 por matar os pais, foi solta na tarde desta quarta-feira (11), após a Justiça conceder progressão para o regime aberto. Ela cumpria pena há 20 anos e atualmente estava em um presídio em Tremembé, no interior de São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Suzane deixou a Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier por volta 17h35 desta quarta-feira.
Por meio de nota, o Tribunal de Justiça informou que o caso corre sob segredo, mas confirmou que em decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, foi concedida a progressão ao regime aberto, após ser verificado o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela Lei de Execução Penal.
Desde 2017, Suzane tenta a progressão ao regime aberto, para cumprir a pena fora do presídio, assim como o ex-namorado Daniel Cravinhos, mas teve todos os pedidos negados pelo judiciário.
Condenada inicialmente a 39 anos e seis meses de prisão, Richthofen conseguiu na Justiça diminuir seu tempo na cadeia ao longo dos anos. Atualmente, a pena revisada de Suzane é de 34 anos e 4 meses, com término previsto em 25 de fevereiro de 2038.
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