Um casal de Carazinho (RS), considerado desaparecido desde o dia 18 de dezembro, foi localizado preso em Beirute, capital do Líbano. Juliana do Nascimento Nunes, 31, e o marido, Igor Antônio Cabral, 26, afirmaram à família que fariam compras de Natal em São Paulo, e retornariam antes da festa, mas, dias após deixarem a cidade onde vivem, perderam contato com a família, que ficou sem notícias por 11 dias. Até o momento, os dois seguem no país estrangeiro e não houve contato entre eles e seus familiares, nem informações oficiais sobre o motivo da detenção.
O caso ganhou atenção depois que os familiares formalizaram o suposto desaparecimento do casal, em denúncia registrada pela polícia paulista. Os dois viajaram do Rio Grande do Sul no dia 13 de dezembro e mantiveram contato frequente com as famílias até o dia 18, mas depois não deram mais notícias ou atenderam aos telefonemas de pessoas próximas.
Parentes de Juliana, que nasceu em Belém (PA), fizeram até mesmo uma vaquinha para acompanhar de perto as investigações sobre o sumiço do casal em São Paulo. No entanto, os brasileiros foram localizados no exterior no dia 29 de dezembro, quando, segundo o jornal gaúcho Zero Hora, a família de Igor foi notificada pelo consulado brasileiro em Beirute.
Em entrevista à TV Liberal, afiliada da Globo no Pará, a família de Juliana afirmou que a mulher nunca tinha sumido por tanto tempo e que não há informações sobre o que levou o casal a ficar detido. A mãe de Igor, Claudete dos Santos, também declarou que "ainda não sabe de nada" e que não teve contato com o filho até o momento, em entrevista a Zero Hora.
A polícia gaúcha não deu detalhes sobre o que levou à detenção do casal ou seu possível retorno ao Brasil, destacando apenas que os dois já receberam assistência do consulado na capital libanesa.
Ao UOL, a delegada da Polícia Civil do Rio Grande do Sul Rita Felber de Carli informou que Igor e Juliana foram detidos no Líbano assim que chegaram no Aeroporto de Beirute, no dia 19 de dezembro. "Não recebemos informação sobre o motivo da detenção, apenas que os fatos seriam apurados em Beirute e que as informações sobre a condição deles no país seriam passadas para os familiares", afirmou.
Em nota ao UOL, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que foi notificado pela Embaixada do Brasil em Beirute sobre o caso de Juliana e Igor e "presta assistência cabível aos nacionais brasileiros, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local".
O Itamaraty esclareceu ainda que informações detalhadas sobre o casal "poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos", que tem sua privacidade protegida pela Lei de Acesso à Informação.
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