Desde o início da semana, diante do risco iminente de bombardeios russos na Ucrânia, escolas preparam seus alunos para o cenário de guerra: entre as aulas de matemática e de geografia, crianças recebem orientações de como reconhecer um explosivo, usar capacete e coletes à prova de balas, escapar de ataques e prestar socorro a vítimas.
Em um colégio em Kharkiv, por exemplo, um especialista em defesa civil mostrou aos estudantes na última terça-feira (22) uma miniatura de um canhão, durante um treinamento de emergência.
Em Kiev, capital ucraniana, alunos de uma escola pública receberam treinamento para agir diante de bombardeios.
Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 7,5 milhões de meninos e meninas estão ameaçados após o início dos ataques ordenados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"O uso de artilharia pesada ao longo da linha de contato já danificou infraestruturas críticas de água e instalações educacionais nos últimos dias", afirma o texto de Catherine M. Russell, diretora executiva do órgão.
"O Unicef pede a todas as partes que se abstenham de atacar infraestruturas essenciais das quais as crianças e os adolescentes dependem – incluindo sistemas de água e saneamento, estabelecimentos de saúde e escolas.”
Etiquetas com tipo sanguíneo
Segundo a agência de notícias EFE e o site de notícias Today, algumas famílias de Kriev começaram a mandar as crianças para escola com um adesivo de identificação colado na roupa: é basicamente um pedaço de papel com informações sobre o tipo sanguíneo delas e os contatos de emergência dos pais.
A alternativa vem sendo debatida em grupos no Facebook como forma de proteger as crianças que vão e voltam do colégio sozinhas.
Bombardeio em escola
Na região da fronteira da Ucrânia com a Rússia, nos últimos 8 anos, mais de 750 escolas já foram danificadas por conflitos armados, afirma o Unicef.
Na manhã da última quinta-feira (17), por exemplo, uma bomba atingiu a pré-escola "Fairy Tale", no assentamento urbano de Stanytsia Luhanska (leste do país). Pelo menos 20 crianças, de 2 a 5 anos, estavam no prédio.
Três funcionários foram hospitalizados com ferimentos na cabeça e perdas auditivas, afirma o Observatório de Direitos Humanos.
Fonte: G1
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