29/12/2022 10:35:48
Mundo
Estado de papa emérito Bento 16 é grave, mas continua estável
O papa Francisco pediu orações para seu antecessor
FOTO: Gregorio Borgia/ AP
Redação com G1

 O papa emérito Bento 16 encontra-se em estado grave, mas estável, de acordo com a agência de notícias italiana Ansa, nesta quinta-feira (29). O papa Francisco pediu orações para seu antecessor.

“Seu estado de saúde (de Bento 16) não mudou em relação a ontem, quarta-feira (28)", indicaram fontes do Vaticano, em contato com o monastério Mater Ecclesiae, lugar de residência do papa emérito, à agência.

Joseph Ratzinger, seu verdadeiro nome, de 95 anos, passou a noite sob controle constante de médicos e esse acompanhamento médico será mantido, precisou Ansa. Contactado pela AFP, a assessoria de imprensa do Vaticano se recusou a confirmar as informações.

O papa Francisco gerou preocupações na quarta-feira ao anunciar que seu predecessor estava “gravemente doente” e que ele oraria por ele. Bento 16 surpreendeu o mundo ao renunciar de suas funções, em 2013, por razões de saúde.

“Sua saúde piorou em três dias. Suas funções vitais estão falhando, inclusive o coração”, precisou na quarta-feira, à AFP, uma fonte do Vaticano, acrescentando que nenhuma hospitalização foi prevista. A residência de Bento conta com o material médico necessário.

Na quarta-feira, Francisco visitou Bento 16 que, em suas aparições públicas dos últimos meses, parecia cada vez mais fragilizado, se locomovendo em cadeira de rodas, mas continuava recebendo visitas.

No último vídeo público em que aparece, divulgado pelo Vaticano em agosto, Bento está magro, usando um aparelho auditivo.

O presidente da Conferência Episcopal francesa, Éric de Moulins-Beaufort publicou no Twitter uma mensagem de apoio a Bento 16, em nome dos católicos da França.

Escândalos

O papa emérito, cujo pontificado de oito anos foi marcado por diversas crises, se viu envolvido, no começo de 2022, no drama da pedocriminalidade na Igreja.

Ele foi questionado por um relatório feito na Alemanha sobre sua gestão das violências sexuais que aconteceram quando foi arcebispo de Munique. Bento saiu de seu silêncio para pedir “perdão”, mas garantiu nunca ter encoberto criminosos.

Sua renúncia, anunciada em latim em 11 de fevereiro de 2013, foi uma decisão pessoal ligada à saúde e não à pressão dos escândalos envolvendo a Igreja Católica, garantiu Bento 16 em um livro de confidências publicado em 2016.

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