Cinco fonoaudiólogos de Hong Kong foram condenados neste sábado (10) a 19 meses de prisão por conspirar para publicar livros infantis insurgentes, com desenhos de ovelhas e lobos que os promotores consideraram antigoverno.
Os cinco foram condenados na quarta-feira sob uma lei da era colonial em um caso denunciado por ativistas de direitos humanos como um "ato descarado de repressão", que o governo de Hong Kong rejeitou.
Os réus, que se declararam inocentes, foram acusados de publicar três livros com desenhos de ovelhas lutando contra lobos.
Kwok Wai Kin, juiz do Tribunal Distrital, disse que os réus devem ser punidos "não por causa da publicação ou das palavras, mas por causa de seus danos ou do risco de danos à mente das crianças", dizendo que as obras semeiam "instabilidade".
"O que os réus têm feito com as crianças de quatro anos ou mais é, na verdade, um exercício de lavagem cerebral com o objetivo de orientar crianças muito pequenas a aceitar os pontos de vista e valores deles", disse Kwok.
Os livros se referem a eventos como os protestos em massa pró-democracia de 2019 e o caso dos 12 manifestantes pela democracia que fugiram de Hong Kong em uma lancha em 2020 e foram capturados pela guarda costeira chinesa. Em um livro, os lobos querem ocupar uma aldeia e comer as ovelhas, que por sua vez começam a revidar.
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