A Justiça britânica considerou culpado Keven Antonio Lourenço Moraes, de 24 anos, que matou uma estudante indiana, em Londres, no dia 13 de junho de 2023. Ele foi condenado por homicídio culposo e tentativa de homicídio de outra estudante que estava no local. Apesar disso, o brasileiro não vai cumprir a pena em uma unidade prisional, já que a Polícia Britânica emitiu uma ordem de hospitalização e ordem de restrição contra homem.
Keven foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide. A decisão está prevista na Lei de Saúde Mental do país e é aplicada para crimes passíveis de punição com prisão, cometidos por pessoas com sofrimento mental.
Segundo o tio de Keven, Luiz Muller, ele ficará, por tempo indeterminado, internado em um hospital psiquiátrico em Londres:
"A corte decidiu que ele foi diagnosticado com um problema psicológico, ele foi julgado e teve a condenação de acordo com o problema dele e ele vai cumprir a pena num hospital psiquiátrico. O crime cometido não foi premeditado. E a corte definiu também que, à medida que ele for apresentando melhora, ele vai ser reintroduzido à sociedade novamente."
Durante o julgamento, o psiquiatra forense clínico, Nigel Blackwood, avaliou que a doença de Keven é genuína e não uma tentativa de fugir das consequências do crime. O médico afirmou, ainda, que o surto psicótico pode ter sido resultado do luto pela morte recente da namorada e estresse financeiro.
O brasileiro era o principal suspeito de esfaquear as duas estudantes em uma casa na região de Wembley, no noroeste de Londres. As mulheres foram socorridas, mas Tejaswini Kontham, de 27 anos, não resistiu e morreu. Na época, outras duas pessoas foram detidas por possível conexão com o caso, mas foram liberadas em seguida.
Keven estava ilegalmente na Europa desde 2018, mas nasceu em Varjão de Minas, no noroeste de Minas Gerais, local onde a família ainda vive.
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