Uma mulher foi resgata nesta sexta-feira após ficar mais de 100 horas sob os escombros de uma casa que desabou durante o terremoto na Turquia na última segunda. Equipes de emergência alemãs foram os responsáveis pelo resgate, na cidade turca de Kirikhan.
"A equipe de resgate trabalhou mais de 50 horas para abrir caminho entre os escombros e alcançar a mulher", disse a ONG alemã ISAR (sigla para Busca e Resgate Internacional, em tradução livre) no Twitter.
A mulher, de 40 anos, foi atendida imediatamente pela equipe médica e está estável. Os socorristas explicaram que conseguiram lhe fornecer água e um suco de frutas através de um tubo. Durante o resgate, a mulher teve de ficar deitada de bruços, perto de familiares já mortos.
— O resgate foi muito complicado. Um trabalho milimétrico com martelos para quebrar as pedras — disse o porta-voz da organização, Stefan Heine, à AFP.
Esse resgate é um marco para os socorristas. Segundo a ONG que atende as vítimas de catástrofes naturais, nunca antes se manteve contato tão longo com uma pessoa soterrada.
— Esta operação também foi única para nós — afirmou o porta-voz da ONG.
Histórias milagrosas como essa devem se tornar cada vez mais raras, isso porque mais de 90% dos sobreviventes de terremotos são resgatados nos três dias seguintes à catástrofe.
No entanto, esse tempo pode variar em função das condições meteorológicas e da frequência dos tremores secundários. Depois que esse período se encerra, os trabalhos dos socorristas passam a se concentrar nas instalações médicas, que sofrem com a superlotação e condições precárias.
O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria integra a lista dos dez terremotos mais mortais do século XXI. A quantidade de vítimas fez com que um estacionamento de hospital turco se tornasse um necrotério improvisado.
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