Funcionários do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) encontraram na sexta-feira (20) mais seis documentos confidenciais durante busca na casa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Wilmington, no estado de Delaware. A informação foi divulgada neste sábado (21) pelo advogado pessoal de Biden.
"O DoJ tomou posse de materiais que considerou estarem dentro do escopo de sua investigação, incluindo seis documentos confidenciais", disse Bob Bauer.
O advogado do presidente informou que a busca durou quase 13 horas. Os documentos encontrados abrangem o período de Biden no Senado e de quando ele era vice-presidente dos EUA. Ele e a primeira-dama, Jill Biden, não estavam na casa no momento da revista.
Ainda não foi revelado o conteúdo dos documentos. Os primeiros papéis confidenciais foram encontrados em 2 de novembro, também referentes à época em que Biden era vice-presidente.
O assunto é particularmente incômodo para o chefe do Executivo, que pode se candidatar à reeleição em 2024, já que a lei americana proíbe ex-presidentes e ex-vice-presidentes de manter documentos de Estado em sua possessão após o fim do mandato.
Entenda o caso
Em 2 de novembro, advogados de Biden descobriram o primeiro lote de documentos de quando ele era vice-presidente dos EUA. Os papeis estavam em um escritório privado usado por ele de meados de 2017 até o início de sua campanha presidencial em 2020.
Em janeiro, a Casa Branca informou que outros documentos foram encontrados na residência da família do presidente.
Na ocasião, a Casa Branca declarou que os advogados não analisaram os textos por não terem as autorizações necessárias para consultá-los, e avisaram o Ministério da Justiça. Uma lei de 1978 obriga os presidentes e vice-presidentes americanos a enviar todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional.
Após a informação de que novos documentos haviam sido encontrados, Kevin McCarthy, o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (órgão equivalente à Câmara dos Deputados), pediu que o Congresso do país abrisse uma investigação.
McCarthy afirmou que o episódio dos documentos é "um novo passo em falso da administração Biden".
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, nomeou um advogado especial, Robert Hur, para assumir a investigação sobre o potencial uso indevido de documentos classificados pelo presidente Biden.
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