O primeiro-ministro do Sudão, Abdalla Hamdok, foi colocado em prisão domiciliar por “forças militares”. A informação, antecipada por alguns veículos de imprensa, foi confirmada pelo Ministério da Informação do país em um comunicado no Facebook.
A casa de Hamdok em Cartum, capital do Sudão, parecia estar cercada pelos militares na manhã desta segunda-feira (25), de acordo com imagens divulgadas horas antes da confirmação. Não era possível afirmar, porém, se as forças investiam na segurança do primeiro-ministro.
O ministério disse que o líder do Sudão está sob pressão para divulgar um comunicado em “apoio à aquisição”, mas pediu às pessoas que tomem as ruas em protesto.
“O primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok, em uma mensagem de sua prisão domiciliar, pede aos sudaneses que participem do protesto pacífico e ocupem as ruas para defender sua revolução”, disse o post no Facebook. Há ainda informações de que Hamdok foi transferido para um local desconhecido.
Vários altos funcionários do governo também foram presos e levados por homens vestindo uniformes da polícia militar, de acordo com testemunhos postadas nas redes sociais, bem como na Reuters e em outras mídias locais, citando fontes governamentais não identificadas.
Os presos incluem ministros do governo e membros do Conselho de Soberania do Sudão. A CNN ainda não conseguiu verificar as prisões de forma independente.
Os voos do Aeroporto Internacional de Cartum também foram suspensos, disse uma fonte da Autoridade de Aviação Civil à CNN, enquanto o Ministério da Informação disse que os serviços de internet foram “cortados das redes de telefonia móvel e as pontes foram fechadas pelas forças militares
O site de monitoramento da Internet NetBlocks relatou interrupção da Internet no Sudão nesta segunda-feira (25), dizendo “Sudão em meio a relatos de golpe militar e detenção do primeiro-ministro; dados de rede em tempo real mostram conectividade nacional em 34% dos níveis normais; incidente em andamento.”
Uma fonte em Cartum informou à CNN que as chamadas não estão sendo conectadas para as pessoas no Sudão e que a internet está desligada.
Fonte: CNN
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