07/04/2022 15:45:29
Mundo
Rússia é suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU após massacre
Ao todo, 193 países votaram pela suspensão da Rússia da Organização das Nações Unidas; o Brasil se absteve da votação
Agência Brasil

 A Assembleia Geral Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. A medida constitui uma represália ao massacre em Bucha, na Ucrânia.

Nesta quinta-feira (7/4), a proposta apresentada pelos Estados Unidos, sob o argumento de “violações e abusos flagrantes e sistemáticos dos direitos humanos”, foi chancelada pelos embaixadores.

Ao todo, 193 países votaram pela suspensão da Rússia. Para a medida ser aprovada, eram necessários 129 votos favoráveis. O Brasil se absteve da votação, assim como outros 53 países.

No total, 24 nações se manifestaram contra – inclusive a Rússia e países parceiros, como Belarus.

O projeto de resolução menciona “graves preocupações sobre a crise humanitária e sobre os direitos humanos na Ucrânia”, depois de relatórios sobre violações cometidas pela Rússia. Moscou desmente ter os civis como alvo.

O Conselho de Direitos Humanos foi criado em 2006 e é composto por 47 Estados-Membros, eleitos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Na história da ONU, só a Líbia foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos, em 2011.

Tanto a Ucrânia como a Rússia atualmente são membros do Conselho; o mandato russo expira em 2023.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a ONU condena a investida militar contra a Ucrânia e defende a retirada das tropas russas.

O massacre

A decisão surge após o mundo ficar assombrado com vídeos divulgados no domingo (3/4). Nas gravações, é possível ver cenas chocantes da tragédia na cidade de Bucha.

As imagens mostram ao menos 20 cadáveres no chão e em valas comuns. O governo ucraniano diz que mais de 400 corpos de civis foram encontrados na cidade. A guerra completa, nesta quinta-feira (7/4), 41 dias.

A situação foi tratada como massacre por órgãos de direitos humanos e como “genocídio” pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Fonte: Metrópoles

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