O terremoto que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria matou mais de 12 mil pessoas, contabilizadas desde segunda-feira (6), segundo o último balanço divulgado pelas autoridades dos dois países.
As chances de resgatar sobreviventes são cada vez menores conforme o tempo passa. A probabilidade de alguém com vida ser retirado dos escombros é maior nas primeiras 72 horas.
Além de correrem para localizar o maior número de vítimas possível, as equipes e os civis que ajudam nas buscas também estão enfrentando as baixas temperaturas do inverno.
Na Turquia, onde o governo decretou sete dias de luto e estado de emergência de três meses nas dez províncias mais afetadas, o número de mortes chega a 9.057, anunciou o presidente Recep Tayyip Erdogan.
Na Síria, país abalado por mais de uma década de guerra civil, o balanço é de 2.992 mortos, de acordo com os números do governo de Damasco e das equipes da proteção civil nas zonas controladas por rebeldes.
Dezenas de países, da China aos Estados Unidos, passando por Ucrânia e Emirados Árabes Unidos, prometeram ajuda à Turquia, que começou a receber equipes de emergência e equipamentos necessários para o trabalho de resgate.
Na terça-feira (7), após as primeiras 24 horas do forte tremor de terra, o trabalho de resgate ficou marcado pelas crianças que foram encontradas com vida.
Um dos casos mais impressionantes foi o de uma menina recém-nascida, encontrada sobre o corpo da mãe morta e ainda com o cordão umbilical. Toda a família dela — três irmãs, um irmão, o pai e também uma tia — morreu na queda de um prédio de quatro andares.
Outra criança recebeu água, comida e um cobertor enquanto aguardava a chegada de socorro, com parte do corpo preso sob grandes pedaços de concreto e ferro retorcido.
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