Diabetes, hipertensão, obesidade, genética, alimentação inadequada. São muitos os fatores de risco para a doença renal crônica (DRC) – termo utilizado para identificar e caracterizar as diversas alterações que afetam a função dos rins.
Em 2022, o Dia Mundial do Rim, que é celebrado nesta quinta-feira (10), tem como tema: “Saúde dos rins para todos: educando sobre a doença renal”, e chama atenção para a importância do diagnóstico precoce das doenças renais, que têm acometido cada vez mais os brasileiros.
A nefrologista do Sistema Hapvida Maceió, Dra. Ana Katarina Cerqueira, afirma que propagar mais informações sobre a saúde dos rins é fundamental para evitar as mais diversas patologias renais, que, na maioria das vezes, tem evolução assintomática.
DRC deve se tornar 5ª maior causa de morte no mundo até 2040
Mesmo com a estimativa de que em 2040 a doença renal crônica seja a 5ª maior causa de morte no mundo, segundo Dra. Ana Katarina, ainda existe uma lacuna de conhecimento que não tem sido preenchida.
“Infelizmente, as pessoas só atentam para o cuidado com os rins quando sentem dor. Em muitos casos, a doença renal crônica só é diagnosticada em estágio avançado, quando o paciente já perdeu de maneira definitiva a função renal. Neste caso, diálise ou transplante são as únicas alternativas capazes de garantir a sobrevivência do paciente”, diz.
“Lembrando que a diálise não trata a doença renal, mas sim, promove a remoção de substâncias que ficam retidas quando os rins deixam de funcionar adequadamente”, complementa a médica.
Conhecida popularmente pela sigla “DRC”, a doença renal crônica é uma condição que afeta uma em cada 10 pessoas no planeta e com taxas crescentes de acometimento na população. Atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Prevenção e a importância da dosagem da creatinina
A médica explica que o rastreamento para a detecção de doenças renais é simples e geralmente envolve exames de sangue e de urina, que podem ser solicitados, inclusive, durante um simples check-up médico.
“É imprescindível a dosagem da creatinina. Se ela estiver em níveis elevados no sangue, a recomendação é procurar um nefrologista, pois já pode indicar um comprometimento de cerca de 50% das funções do órgão”, diz. O exame de urina também pode detectar a presença de anormalidades renais porque investiga substâncias como glicose, hemácias, sangue, cristais e proteínas presentes no xixi.
“A presença de glicose, por exemplo, pode indicar distúrbios nos túbulos renais. Já a de hemácias, a formação de cálculos na região”, destaca a especialista.
Segundo a nefrologista, perda de apetite, perda de peso, inchaço, mudanças na urina, vômitos e náuseas podem, eventualmente, acometer pacientes sintomáticos. “No entanto, como os sinais são relativamente comuns a outras doenças, a prevenção e a realização de exames devem ser feitos periodicamente”, finaliza.
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