15/07/2022 14:22:16
Saúde
Alagoas investiga 13 mortes que podem ter sido causadas pelo Aedes aegypti
Em 2022 foram confirmados 2.980 casos de dengue, 690 de chikungunya e 11 casos de zika no estado.
reproduçãoQuando o assunto é chikungunya, a coisa piora, e muito, comparando o mesmo período. São 790 casos notificados em 2022, contra 47 casos notificados em 2021,
Redação por G1

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investiga 13 mortes que podem ter sido provocadas por dengue em Alagoas. O estado apresenta alta em todas as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Uma morte por dengue foi confirmada pela Sesau e outra por chikungunya foi confirmada pelo Ministério da Saúde.

A única morte ocorrida em Alagoas esse ano, ocorreu no mês de abril. Já a morte por chikungunya ocorreu no mês de maio. Desde o começo do ano até sexta-feira (8) passada, foram confirmados 2.980 casos de dengue, 690 de chikungunya e 11 casos de zika.

O esteticista Paulo Lima foi um dos 3.681 alagoanos que foram infectados pelas doenças transmitidas pelo mosquito. Ao longo de sete dias ele sofreu com os sintomas causados pela chikungunya. Paulo chegou até a ser hospitalizado para tratar a doença.

“Eu comecei com muita dor de cabeça, febre alta, muitas dores nas articulações, meus dedos começaram a inchar, chegou ao ponto de eu não conseguir me levantar. Na cadeira de rodas mesmo eu comecei a sentir dormência nos meus membros inferiores”, disse Paulo.

Quando comparado ao mesmo período de 2021, os casos notificados das doenças causadas pelo mosquito Ades aegypti mostram um grande aumento este ano. Dados da Sesau apontam os casos de dengue creceram 360% em 2022. De 1 de janeiro até 8 de julho de 2022 foram notificados 3.294 casos da doença. No mesmo período de 2021, foram notificados 713 casos da doença.

Quando o assunto é chikungunya, a coisa piora, e muito, comparando o mesmo período. São 790 casos notificados em 2022, contra 47 casos notificados em 2021, um aumento de 1.580% em relação ao registrado no ano anterior. Já quanto aos casos de zika, o crescimento foi menor. Foram 31 casos notificados este ano, em 2021 foram 26 casos.

O problema é que o mosquito precisa de muito pouco para se reproduzir. Prédios abandonados acabam virando verdadeiros criadouros do inseto e outros casos uma parcela da população ainda relaxa com as medidas de prevenção a proliferação da doença.

Para o médico veterinário e técnico da Gerência de Controle de Vetores e Animais Peçonhetos da Secretaria Municipal de Saúde, Charles Nunes, as pessoas têm que continuar alertas aos cuidados para evitar pontos com água parada.

"Se alguém identificar um ponto de foco da doença pode chamar a prefeitura e nós iremos corrigir o problema notificar os proprietários desses imóveis com um auto de infração. Os vetores estão dentro de casa. A maioria dos focos que encontramos estão nas caixas d'água, nas calhas, nos quintais que podem ter um pouco de lixo. Então é importante que as pessoas olhem para suas casa pelo menos uma vez por semana para eliminar esses focos", concluiu Nunes.

Fonte:g1

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