Alagoas registrou cinco mortes por leptospirose em 2022. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau-AL), na manhã desta terça-feira, 19. De acordo com o órgão, 03 óbitos foram registrados em Maceió, 01 em Mata Grande e 01 no município de Pilar.
Ainda segundo os dados divulgados pela Sesau, apenas neste primeiro semestre de 2022 já foram registrados 50 casos da doença no estado. Os números mostram uma alta de 64% se comparado ao mesmo período de 2021, onde foram registrados 32 casos.
Os números de mortes em Alagoas também aumentaram em comparação com o ano de 2021. O estado registrou 01 morte por leptospirose em 2021. O número é quatro vezes menor que os cinco óbitos registrados nos seis primeiros meses de 2022.
Transmissão e combate - A equipe médica veterinária do Gabinete da Causa Animal da capital alagoana também publicou um alerta à população de Alagoas sobre as possíveis formas de infecção e transmissão leptospirose.
"A leptospirose é uma doença de caráter zoonótico, podendo acometer tanto animais quanto os seres humanos, através do contato do agente causador com a pele lesionada ou íntegra, e através da ingestão de alimentos contaminados. Os principais sintomas nos seres humanos são: febre, dor de cabeça intensa e dor muscular. Nos animais os sintomas são: vômito, diarréia, ulcerações na cavidade oral e necrose da língua, nos casos mais avançados. É importante observar o início dos sintomas nos animais principalmente se estes não são vacinados. Para os seres humanos não há vacina, e não há medicação profilática para a doença, a orientação é observar o sintomatologia junto com o histórico de contato", alertaram.
Orientações e medidas de combate à doença - O Gabinete da Causa Animal de Maceió também orientou para os cuidados necessários de combate ao agente transmissão, principalmente em período chuvoso.
“Os cuidados básicos são necessários, principalmente neste período chuvoso e em casos de alagamentos, reforçando a necessidade de que as pessoas envolvidas nos resgates de vítimas (humanas e animais) e limpeza dos locais afetados, devem usar botas e luvas, evitando o contato direto com a lama e entulhos que restaram nesses locais”, explicou a médica veterinária Mariana Amaral, em fala divulgada pelo Gabinete de Causa Animal de Maceió.
A orientação, segundo o órgão, e válida tanto para os animais quanto aos humanos, que tenham entrado em contato com água ou ambiente contaminado. Além disso, a orientação pede à população para monitorar o surgimento dos sintomas e, caso apresente algum deles, é necessário procurar atendimento médico ou médico veterinário (em casos de animais com a doença).
Fonte:SESAU
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