O medicamento Zolgensma, conhecido por ser o remédio mais caro do mundo, e que no Brasil custa cerca de R$ 12 milhões, deve ter uma queda significativa em seu preço. O motivo é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu que o valor de fábrica do produto no Brasil não deve custar mais do que R$ 2,8 milhões, uma redução de mais de 75% em relação ao valor original.
A decisão é o primeiro passo para que o medicamento esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O Zolgensma é usado no tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME), doença genética que compromete o sistema nervoso e leva à morte já nos primeiros anos de vida, caso não tratada.
Apesar da medida, o preço definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) da Anvisa ainda não pode ser praticado no mercado, porque o chamado Preço Máximo ao Consumidor (PMC) não foi tabelado. Além disso, a empresa AveXis, do grupo farmacêutico suíço Novartis, dona da patente, pode recorrer da decisão da agência reguladora.
– Tenho convicção que a empresa vai recorrer e o preço vai aumentar, mas não vai chegar ao valor absurdo que vimos muitas famílias pagando, de R$ 8 milhões a R$ 12 milhões – afirmou o deputado Lucas Redeker (PSDB-RS).
A empresa já pediu reconsideração junto à Cmed, conforme nota de rodapé da publicação que estipulou o novo preço do medicamento. O remédio foi o mesmo utilizado pela pequena Kyara, que sofre de Atrofia Muscular Espinhal (AME) e que recebeu em outubro mais de R$ 6 milhões do governo para auxiliar na despesa do remédio.
Fonte: Pleno News
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