A notificação do primeiro caso suspeito de infecção por coronavírus em Alagoas agilizou a tomada de providências mais urgentes para conter o avanço da doença. Durante entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (28), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que mais três leitos de Enfermaria no Hospital Escola Hélvio Auto serão preparados para isolamento de pacientes com sintomas mais graves do COVID-19. Além disso, vai monitorar um cruzeiro vindo da Itália que atracará no dia 23 de março, no Porto de Maceió.
De acordo com a Sesau, a embarcação será monitorada pelo Cievs [Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde] de Alagoas em parceria técnica com o Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os passageiros serão examinados e, caso haja sintoma, os testes serão feitos de imediato para análise em laboratório de referência no país. Estes pacientes terão acompanhamento em tempo integral.
O paciente de Alagoas com suspeita do COVID-19 mora em Maceió. Na coletiva, foi divulgado que ele chegou ao hospital da rede particular com sintomas de uma gripe, mas, como esteve na França nos últimos dias, a notificação foi feita ao Ministério da Saúde para que o protocolo de ações fosse implantado imediatamente. Ele continua sendo monitorado, assim como a família, em casa.
Conforme a Sesau, não há prazo para os exames ficarem prontos, por conta de centralização da análise feita pelo Ministério da Saúde. A ideia é que até a semana que vem o laudo seja divulgado.
"Apesar da turbulência entre a população, estamos tratando como uma nova gripe. Não há motivo para alarme, nem desestruturação da vida do cidadão alagoano. Por conta da transmissão de humano para humano, é uma gripe que requer um cuidado um pouco maior", afirmou o secretário Alexandre Ayres.
Ele informou que todos os cidadãos que estão vindo a Alagoas procedentes de países que já têm casos de coronavírus estão sendo monitorados por uma uma rede de vigilância. Além disso, a lista de nações com critérios para monitorar passageiros em viagem também foi aumentada.
"Sabíamos que mais cedo ou mais tarde o vírus iria se espalhar em nosso hemisfério e desde o início do ano discutíamos essa possibilidade", afirmou o gestor. Ele garantiu que o Estado está equipado com materiais suficientes para atender e transportar pacientes com suspeita da doença.
Segundo ele, a preocupação das autoridades, neste momento, é orientar a sociedade da melhor maneira e evitar a disseminação das chamadas fake news (notícias falsas) em torno do novo vírus. Quem tiver sintomas parecidos com a doença deve evitar ir diretamente ao hospital referência, o Hélvio Auto, e se dirigir a uma unidade básica de saúde ou à emergência da rede privada.
A superintendente de Vigilância em Saúde de Alagoas, Cristina Rocha, reforçou que qualquer caso que apresente sintomas e que proceda de países com casos de coronavírus será atendido em qualquer serviço de saúde, de preferência o mais próximo da casa do paciente.
Fonte: Gazetaweb
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