30/08/2022 17:07:22
Saúde
Fenda labiopalatina requer ao menos 3 cirurgias
Os procedimentos cirúrgicos são apenas uma parte que compreende a reabilitação do paciente com fissura labiopalatina
ReproduçãoFenda labiopalatina requer ao menos 3 cirurgias
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Apesar de ser a anomalia de crânio e face mais comum, um diagnóstico de fissura labiopalatina ainda gera incertezas na família do paciente. O primeiro ponto a ser esclarecido é que o tratamento para a fenda labiopalatina é complexo, e ao contrário do que se possa imaginar, é preciso realizar mais de um procedimento cirúrgico. Conheça quais são essas intervenções e o melhor momento para que cada uma delas seja realizada.

Reabilitação de pacientes com fissura labiopalatina: tratamento é complexo e vai além da cirurgia

No primeiro ano de vida, o paciente é submetido a sua primeira cirurgia de correção da fissura labiopalatina. Em alguns casos, é necessário esperar que o paciente alcance um peso adequado. O procedimento é chamado de labioplastia (queiloplastia) e visa dar à região do lábio um melhor aspecto, diminuindo ou aumentando seu volume. O procedimento é realizado sob anestesia e o processo de cicatrização leva em média 30 dias, geralmente, é realizado quando o bebê possui de 3 a 6 meses de vida tenha alcançado 5 kg de peso.

Depois da queiloplastia, a equipe médica realiza a correção do céu da boca do bebê. Para que o procedimento chamado de palatoplastia possa ocorrer, é preciso que bebê tenha um peso mínimo de 10 kg.

O protocolo para os bebês que possuem fendas labiopalatinas bilaterais depende da projeção da pré-maxila. Pré-maxila projetada: adesão labial com 3 meses, palato com 12 e queiloplastia com 18 meses. Em casos de pré-maxila não projetada, a queiloplastia ocorre entre 3 a 6 meses e palato com 12 meses.

Além da palatoplastia e da queiloplastia, os pacientes também podem ser submetidos à rinoplastia, isto é, à cirurgia de correção do nariz. Se realizada na primeira infância, a rinoplastia pode precisar ser refeita no futuro, no entanto, os resultados gerados nesse primeiro momento, sem dúvidas contribuem para a melhora da auto estima do paciente.

Em alguns casos, pode ocorrer ainda a reabertura de um pequeno buraquinho na região operada, o que é chamado de fístula. As fístulas oronasais são as principais consequências da palatoplastia e podem ocorrer por falhas no período de cicatrização, por isso, é muito importante seguir as recomendações médicas à risca durante o período pós-cirúrgico. Nem todas as fístulas oronasais se fecham sozinhas, por isso, uma nova palatoplastia poderá ser necessária.

Os procedimentos cirúrgicos são apenas uma parte que compreende a reabilitação do paciente com fissura labiopalatina. O paciente precisa receber atenção de um time multidisciplinar formado por ortodontistas, dentistas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos, entre outros profissionais. Espera-se que a reabilitação seja acompanhada por esse time de especialistas, pelo menos até os 18 anos de idade.

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