Durante o feriadão do Dia do Trabalhador, o Hospital Geral do Estado (HGE) acolheu 553 alagoanos e sua Unidade de Urgência para Síndromes Gripais mais 753 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os casos clínicos foram a maior parcela dos atendimentos no hospital, ao todo 396, cerca de 70% da demanda; e no centro de triagem cinco testes rápidos revelaram positivos.
Ambos os endereços apresentaram a maior movimentação no sábado, dia 2 de maio. Somente nesse dia foram registrados 193 atendimentos no HGE e 353 na Unidade para Síndromes Gripais. Os acidentes continuam sendo a segunda maior procura no hospital; nos três dias foram 136 socorridos, sendo 82 por acidentes casuais, 48 de trânsito e seis de trabalho. Ainda houve 18 agressões, dois queimados e mais uma pessoa tentou suicídio.
“Nossas equipes médicas concederam 401 altas e 81 internamentos, conforme as avaliações feitas. O Núcleo Interno de Regulação viabilizou 20 transferências para outros hospitais com leitos reservados para o SUS. E 50 cirurgias foram realizadas, entre eletivas e de urgência. Ou seja, o nosso HGE está funcionando normalmente, seguindo as diretrizes planejadas e recomendadas para o período da pandemia”, pontuou o gerente do HGE, Paulo Teixeira.
O pai de família Alberto Carlos Marcolino Souza, de 54 anos, é um dos assistidos pelo Hospital Geral durante o fim de semana. Ele ingressou durante a manhã desse domingo (3), após se sentir mal quando caminhou até a padaria. Ele conta que no percurso de poucos metros, entre sua casa e a panificação, no Tabuleiro dos Martins, em Maceió, necessitou parar três vezes para descansar.
“Quando cheguei, o dono da padaria percebeu que eu não estava bem, então me mandou sentar, deu um copo com água e chamou o Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência]. Não demorou nada para a ambulância chegar. Naquele momento, eu estava confuso, não tinha ideia sobre o que estava acontecendo. No HGE, me levaram para fazer vários exames e me internaram. Agora estou muito melhor, já ando normal, levanto a mão, bato as mãos… Quero logo ter alta para voltar para a minha rotina, mesmo que tenha que seguir um tratamento”, disse Alberto.
Funcionário de uma transportadora, Alberto confessou que fuma, consome bebida alcóolica e é hipertenso. É a primeira vez que visita o HGE e, segundo ele, não tem o que se queixar do atendimento que tem recebido. Nessa segunda-feira (4) permanece aos cuidados da equipe multidisciplinar da Unidade de AVC e, mesmo apresentando melhora, continua sem previsão de alta médica.
“Estamos em um período de pandemia da Covid-19, mas isso não anula todas as outras doenças que já existiam em nossa sociedade. É nosso dever enquanto maior hospital de urgência e emergência garantir a continuidade dos serviços, de forma eficiente e que proporcione segurança aos pacientes e profissionais da saúde. Temos cumprido com essa obrigação e o senhor Alberto é um bom exemplo disso”, afirmou Paulo Teixeira.
Quinta-feira – No último dia 30 de abril, o HGE acolheu 212 pessoas, sendo 165 casos clínicos, 43 acidentes (30 casuais, 11 de trânsito e dois de trabalho), duas pessoas envolvidas em agressões, um queimado e mais uma pessoa que tentou suicídio. Já no centro de triagem, localizado no Ginásio do Sesi, 187 atendimentos foram notificados; dos 169 testes rápidos, seis revelaram positivos.
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