Entre agosto de 2022 e dezembro de 2023, Alagoas teve 36 pacientes com meningite. Dessa quantidade, 15 morreram da doença. Isso significa que 41% do diagnosticados evoluíram o quadro de saúde para o óbito. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Segundo a gerência estadual de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, apesar do aumento no número de casos da doença em 2023 em Alagoas, entre outubro e dezembro deste ano, houve uma diminuição da quantidade de diagnósticos positivos.
“Com o aumento do número de casos da doença meningocócica no ano de 2023 e a identificação do sorogrupo para meningo B, tivemos várias agendas com o Ministério da Saúde. Felizmente verificamos um decréscimo no número de casos confirmados, onde em outubro foram nove, em novembro quatro e, dezembro, até agora, com três casos. Contudo, nos mantemos em vigilância permanente”, explicou a gerente do setor, enfermeira Waldinéia Silva.
Nesta semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apresentou ao Ministério da Saúde (MS) ações que o órgão implantou para o enfrentamento da doença em Alagoas.
O encontro ocorreu na sede da pasta, no bairro Jaraguá, na capital alagoana, e contou com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió.
Meningite
Caracterizada pelo processo inflamatório das camadas mais internas de tecido que cobre o cérebro, a meningite pode ser causada por bactérias, fungos, vírus ou protozoários. Os principais sintomas são dor e rigidez na nuca, manchas avermelhadas pelo corpo, cefaléia, febre, convulsões, vômito e demandam atendimento médico imediato.
Ao apresentar os sintomas da doença, a pessoa com suspeita de infecção deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para receber atendimento adequado. Após a avaliação médica, caso seja identificada a suspeita do diagnóstico, o paciente será encaminhado a uma unidade de referência. Em casos com sintomas mais complexos, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam 24 horas por dia para acolher a demanda espontânea.
Prevenção:
A Rede Pública de Saúde oferece vacina contra as formas mais graves de meningite, que são:
Meningocócica Conjugada C: Doença Meningocócica causada pelo meningococo do sorogrupo C, para crianças de 3 e 5 meses, com reforço ao 1 ano de idade;
Meningocócica Conjugada A, C, W e Y: Doença Meningocócica causada pelos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y, para adolescentes de 11 a 14 anos;
Pentavalente: Doença Meningocócica causada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, para crianças de 2, 4 e 6 meses de idade;
Pneumocócica Conjugada 10-Valente: Meningite causada por 10 sorotipos de streptococcus pneumoniae, para crianças de 2 e 4 meses, com reforço ao 1 ano de idade;
BCG: Meningite tuberculosa, ao nascer em dose única.
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