ReproduçãoO paciente, chamado Amaro Edson da Silva, deu entrada no Hospital Sanatório em junho do ano passado

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE) abriu um procedimento para apurar o caso de um paciente do hospital Sanatório, em Maceió, que, mesmo recebendo alta há oito meses, não saiu do hospital porque não tem para onde ir. O órgão ministerial busca os familiares do homem, que tem 58 anos.

De acordo com o promotor de Justiça do Ministério Público, Magno Alexandre Moura, o paciente, chamado Amaro Edson da Silva, deu entrada no Hospital Sanatório em junho do ano passado. Ele foi encontrado na rua desmaiado e foi levado à unidade de saúde por um líder religioso.

Segundo o promotor, o homem foi cuidado no hospital e recebeu alta em setembro de 2022. No entanto, desde então, ele não saiu do hospital, porque não houve retorno de nenhum parente.

Magno Alexandre informou ainda que, pelo menos um parente já tem informação sobre a permanência do homem no hospital, mas não houve comparecimento desse familiar.

"Abrimos procedimento a fim de identificar os familiares dele, para despertar nesses familiares a solidariedade e amor ao seu parente, porque essa permanência muito longa no hospital traz uma série de consequências para a saúde dele e é necessário, em razão da alta que ele já recebeu, retornar para a sua família. Estamos tentando identificar os familiares. Há notícias de que ele tenha filhos, que ela tenha uma mulher ou ex-mulher, que tenha outros parentes, irmãs, afim de que ele possa ser inserido novamente na família e, com isso, possamos também, de certa forma, abrir uma vaga onde ele está usando, para que outras pessoas que precisam possam usar o Sistema Único de Saúde", expõe o promotor de Justiça.

O Ministério Público soube da situação pelo próprio Hospital Sanatório, que comunicou o caso, pedindo que o órgão ministerial tomasse providências.

"Estamos tentando tirá-lo do hospital para colocar em local onde ele possa morar. Em último caso, se não conseguirmos inserir no seio familiar, vamos tentar um abrigo, a assistência social e alguns recursos que ele possa fazer jus, junto à seguridade social, junto a alguma ajuda filantrópica ou algo assim para que o estado ou o município possa ofertar numa situação dessa", afirma o promotor. 

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