23/06/2021 09:10:04
Saúde
Oxford testa ivermectina como possível tratamento para covid-19
Universidade britânica vai incluir o medicamento no mesmo estudo que, em janeiro, descartou a azitromicina
DIVULGAÇÃO/MERCK SHARP & DOHMEEstudo vai testar a viabilidade do remédio contra covid e possíveis efeitos colaterais

 A Universidade de Oxford anunciou nessa terça-feira (22) que está testando o medicamento antiparasitário ivermectina como um tratamento possível para a covid-19, como parte de um estudo apoiado pelo governo britânico que busca auxiliar a recuperação de pacientes em contextos não hospitalares.

A ivermectina resultou na redução da replicação do vírus em estudos laboratoriais, afirmou a universidade, acrescentando que um pequeno estudo piloto mostrou que administrar o medicamento antecipadamente poderia reduzir a carga viral e a duração dos sintomas em alguns pacientes com quadros leves de Covid-19.

Batizado de "Principle", o estudo britânico demonstrou em janeiro que os antibióticos azitromicina e doxiciclina são ineficientes de maneira geral em estágios iniciais da covid-19.

Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) e reguladores europeus e norte-americanos tenham se posicionado contra o uso da ivermectina em pacientes da covid-19, o medicamento está sendo utilizado para tratar a doença em alguns países, incluindo a Índia e o Brasil — onde o remédio é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como parte do chamado tratamento precoce.

"Ao incluir a ivermectina em um estudo de grande escala como o Principle, esperamos gerar evidências robustas para determinar o quão eficiente o tratamento é contra a covid-19, e se há benefícios ou prejuízos associados ao seu uso", afirmou Chris Butler, um dos líderes da pesquisa.

Pessoas com condições graves do fígado, ou que tomem o medicamento anticoagulante varfarina, ou ainda outros medicamentos que conhecidamente interajam com a ivermectina, serão excluídos do estudo, acrescentou a universidade.

A ivermectina é o sétimo medicamento a ser testado no estudo, e está atualmente sendo avaliado ao lado do remédio antiviral favipiravir, afirmou a universidade.

Fonte: R7

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