A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está investigando se um homem morreu de leptospirose em Maceió. Ele chegou a ser levado no último final de semana, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cidade Universitária, mas morreu na unidade de saúde.
De acordo com o órgão, somente após a conclusão das apurações é que a causa da morte será divulgada.
O paciente se trata de um morador do Conjunto Graciliano Ramos, identificado como José Carlos Barbosa, conhecido como Maradona.
Segundo Edivaldo Aurélio, que era amigo do paciente, Maradona chegou a ir a um shopping, passou em uma mercearia onde comprou cerveja e foi para casa, onde passou mal.
"Ele vinha do shopping, passou próximo ao Parque das Árvores, passou numa mercearia, comprou uma cerveja, foi para casa e lá passou mal. Pessoal pegou ele, levou para a UPA e aí não teve como, infelizmente, perdemos o Maradona", afirmou o amigo José Carlos, em entrevista à TV Gazeta.
A UPA confirmou à TV Gazeta que o paciente deu entrada na unidade de saúde, mas não houve notificação por leptospirose. Ainda segundo a UPA, pela hipótese diagnosticada, o homem morreu de infecção viral.
Confira nota da Sesau na íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que, no último fim de semana, um paciente do sexo masculino, residente em Maceió, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cidade Universitária alegando suspeita de leptospirose. Mesmo tendo recebido assistência médica, o paciente veio a óbito. O caso ainda está sendo investigado e, somente após a conclusão do procedimento, a causa da morte será divulgada.
O que é a leptospirose?
Segundo o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.
Sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.
O intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas pode variar de 1 a 30 dias e, normalmente, ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.
Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco. A automedicação não é indicada.
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade.
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