04/11/2022 16:13:58
Tecnologia
As oportunidades do negócio futebol
A copa do mundo no Catar traz novas oportunidades para empreendedores visionários no Brasil
ReproduçãoAs oportunidades do negócio futebol
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Não é novidade dizer que a Copa do Mundo movimenta muito dinheiro. Mesmo que ainda não tenha chegado aos pequenos negócios com força, ao menos nos grandes já é possível ver a marca do Mundial 2022. Até o circunspecto Tite sucumbiu e está em propaganda de hambúrguer da Copa, ao lado do Luva de Pedreiro.

A Copa é o ápice do business chamado futebol. Um produto que há mais de cem anos vem crescendo, se desenvolvendo e alcançando novos patamares. E trazendo novas oportunidades para empreendedores visionários, inclusive no Brasil.

Do latão ao led, a evolução das placas de estádio

Parece incrível, mas houve um tempo em que não havia publicidade nos estádios. Os campos eram apenas gramados e arquibancadas e, talvez, um placar. Isso começou a mudar nos anos 60 e 70, quando surgiram as primeiras placas, pintadas em latão. Funcionavam como uma propaganda local, visível aos fãs que assistiam às partidas no campo. Com o desenvolvimento da TV, e o aumento das transmissões dos jogos, as placas logo ganharam uma nova dimensão – e um novo preço – já que passaram a ser vistas por milhares, e depois milhões, de pessoas.

Hoje, não há mais latão. Quando fixas, são de material maleável que evita o risco de machucar um atleta desastrado. Mas, nas competições principais, elas são feitas de painéis de led, que permitem o uso de milhões de cores, além de animações. E, mais importante, permitem que um mesmo espaço seja usado por múltiplos anunciantes – com múltiplos ganhos.

A criatividade publicitária, junto com estudos de perspectiva, também trouxe aos estádios os tapetes publicitários. Impressos de forma distorcida, eles compensam a perspectiva criada pelas câmeras de TV e, nas telas, parecem objetos tridimensionais. Ocupando a faixa entre campo e placas de publicidade, em ambos os lados do gol, são mais uma forma de multiplicar o espaço vendável.

Levando a marca no peito (e nas costas, e no ombro...)

Outro fato difícil de acreditar é que antigamente não havia propaganda nas camisas dos times. Era apenas o brasão do clube na frente, com o número e, às vezes, o nome do jogador atrás. E isso era uma imposição da FIFA, que só em 1982 permitiu a publicidade nas camisas.

A ideia demorou um pouco para embalar, mas hoje é uma das principais fontes de recursos dos clubes. E, assim como as placas de estádio, alguns clubes procuram expandir o seu potencial de publicidade, oferecendo espaços na barriga, nas costas, no ombro, no calção e até mesmo dentro do número. Levado ao extremo, algumas camisas se parecem mais a um macacão de Fórmula 1.

Videogames e esoccer bet, rumo às novas plataformas

Nas últimas décadas, os rendimentos dos times de futebol extrapolaram o campo e a camisa, e chegaram às telas de computadores e celulares. Os videogames que simulam partidas, campeonatos e carreiras, como o Fifa Soccer e o Pro Evolution Soccer, caíram no gosto dos fãs, e se tornaram uma verdadeira mania. Já existem torneios, nacionais e internacionais, que angariam enorme interesse. Tanto que as chamadas esoccer bet, ou apostas de escoccer, entraram na relação de produtos das casas de apostas online.

Arenas e sócios-torcedores: a última fronteira?

Por fim, um dos maiores negócios do futebol recentemente tem sido os programas de sócios-torcedores. Engajando os fãs em uma comunidade paga, é possível garantir uma renda significativa para o clube, mesmo sem lotar os estádios. E os estádios, por sinal, têm virado arenas, que incorporam modernidades, serviços e, assim, se tornam uma atração em si. Algumas delas, com localização privilegiada como o Allianz Parque, em São Paulo, são ideais para espetáculos de grande porte, o que garante uma boa quantidade de renda extra aos clubes-proprietários. Sem que seja preciso chutar uma bola sequer.

A grande força comercial do futebol é a paixão que ele é capaz de despertar nos fãs, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. E essa adoração faz os negócios prosperarem. Se é verdade que o dinheiro faz o mundo girar, também é verdade que o futebol gira muito dinheiro. De giro em giro, o esporte vai ficando cada vez mais rico.

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