Referência no interior de Alagoas, no atendimento a vítimas de traumas de média e alta complexidade e também no tratamento de doenças infectocontagiosas, o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, já recebeu este ano 44 pessoas picadas por serpentes.
Relatório divulgado nesta quinta-feira (16) mostra os números referentes ao período de janeiro a junho deste ano.
O levantamento aponta que o isolamento social, devido à pandemia da Covid-19, está sendo responsável direto pela redução dos atendimentos a vítimas de picadas de cobras.
A estatística com os atuais 44 casos revela que, em comparação com janeiro a junho de 2019, quando foram atendidos 72 pacientes, houve uma redução da ordem de 38% em comparação com os primeiros seis meses deste ano.
As ocorrências com serpentes e outros animais peçonhentos vieram à tona, recentemente, por conta do caso do estudante Pedro Henrique Krambeck, do Distrito Federal.
O rapaz ficou em coma após ter sido picado por uma cobra da espécie naja, considerada uma das mais venenosas do mundo.
Mas no interior de Alagoas as espécies de serpentes mais comuns e responsáveis pela maior parte dos ataques são a jararaca, cobra-coral, corre-campo e a cascavel.
Condomínios
Em Arapiraca e outras cidades da região, o avanço do setor imobiliário, com a construção de novos condomínios em áreas onde antes havia matas, também contribui para as ocorrências.
Nos episódios em que a pessoa é picada pelo animal peçonhento, a gerente-geral do HE do Agreste, Bárbara Albuquerque, revela que os especialistas do hospital recomendam que a vítima procure imediatamente uma unidade de saúde. Também é importante levar, se possível, o animal para que possa ser identificada a espécie e aplicado o soro antiofídico adequado.
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