Levantamento feito pelo Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, mostra que a maioria dos atendimentos a vítimas de acidentes no trabalho é de jovens com idade entre 20 e 29 anos. Eles representam 91% do número de acidentados nos últimos três anos. Em segundo lugar, com 26%, estão os trabalhadores na faixa etária entre 30 e 39 anos.
Os números foram divulgados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica do HE do Agreste, que é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Ainda de acordo com o levantamento, 89 pessoas receberam atendimento por conta de acidentes no trabalho. Desse total, foram 80 homens e apenas nove mulheres.
A maior parte das vítimas de acidentes de trabalho registrada no HE do Agreste constitui-se de traumas, contusões, cortes com lâminas ou vidros. Na sequência, aparecem queimaduras por conta de contato com produtos químicos, corpo estranho nos olhos e choques elétricos.
Para evitar esses acidentes nas empresas ou em outros locais, o coordenador de Segurança no Trabalho do hospital, engenheiro José Morais da Silva Júnior, sugere a importância do uso de equipamentos de proteção individual, os EPIs, como luvas, botas, capacetes, óculos, entre outros.
Além disso, José Morais diz que é fundamental, da parte dos empregadores, apresentar o registro da Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT), sob o risco de a empresa estar sujeita a autos de infração e outras penalidades previstas em lei.
O coordenador explicou que esses números ainda não refletem a realidade. “Percebemos que há muita subnotificação, uma vez que muitos acidentados chegam ao hospital sem alegar os verdadeiros motivos dos traumas, com receio de prejudicar a empresa ou serem demitidos do trabalho”, pontuou.
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