Nesse fim de semana, moradores do Residencial Brisa do Lago, localizado no bairro Olho D’ Água dos Cazuzinhas, em Arapiraca, voltaram a reclamar do mau cheiro oriundo das atividades da FrigoVale, situada no entorno do residencial.
A produção do Programa Show de Notícias, da Rádio 96 Fm Arapiraca, recebeu muitas mensagens de ouvintes, moradores do Brisa do Lago, reclamando do incômodo gerado pelo mau cheiro e relatando que muitas pessoas já passaram mau por conta desse mau cheiro.
A questão não é apenas o incômodo, as atividades da FrigoVale estão degradando o meio ambiente. Isso vem acontecendo desde 2015, quando a empresa se instalou no local. “Esse mau cheiro tem se tornado constante, principalmente no período de frio, disse uma moradora do Brisa do Lago.
Na madrugada de sábado (09), a situação ficou pior. “Tanto minha esposa, quanto minha filha, de dois anos, passaram muito mal. Mas, devido à pandemia do coronavírus, nós ficamos com medo de sermos infectados e não fomos ao hospital, ficamos em casa. Eu só posso descrever toda essa situação como sensação de angústia, de impotência e desespero”, lamentou Tancredo Barbosa, um morador do Brisa do Lago que está indignado com o descaso da FrigoVale.
Decisão judicial
Na última quinta-feira (07), o Programa Show de Notícias entrevistou o defensor público Marcos Freire. Os radialistas Fabiana Farias e Cledson Costa, que estavam apresentando o programa, juntamente com o também radialista Isve Cavalcante, conversaram com o defensor público sobre os danos ambientais causados pela FrigoVale.
Marcos Freire disse que a Defensoria Pública atua na defesa da comunidade desde 2015. “A Defensoria Pública ingressou com uma ação civil pública contra a FrigoVale em 2016, tentando obrigar a empresa a se adequar às normas ambientais e não causar mais dados ambientais àquela comunidade, porém, a FrigoVale não se adequou”, relatou o defensor público.
Segundo Marcos Freire, de lá para cá aconteceram várias ações judiciais de ambas as partes, até que, no mês de abril de 2020, saiu a sentença obrigando a FrigoVale a se adequar às normas ambientais previstas no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), sob pena de aplicação de multa diária de 5 mil reais, podendo chegar a 200 mil. “Além disso, o poder judiciário entendeu que a FrigoVale deve ser condenada ao pagamento de danos morais coletivos fixados no valor de 50 mil reais”, apontou.
Entretanto, segundo moradores do Brisa do Lago, a situação piorou, isso significa que a decisão judicial não está sendo cumprida pela empresa.
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