A influência de potências árabes no mundo do futebol atingiu em cheio a Argentina, que firmou um acordo para ter Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, como sede de sua Supercopa pelos próximos quatro anos. A parceria foi oficializada nesta quarta-feira pelo Conselho Desportivo de Abu Dabi, em publicação nas redes sociais, e passa a valer já na edição de 2023, marcada para janeiro.
A Supercopa da Argentina promove um duelo entre o campeão da liga nacional e o vencedor da Copa da Argentina, nos mesmos moldes da Supercopa do Brasil. Embora a notícia de levar a competição para fora do país tenha gerado críticas de parte dos torcedores, a Associação do Futebol Argentino (AFA) celebrou o acordo como um passo para tornar o futebol nacional mais popular mundialmente.
"É um feito histórico para a nossa Associação e uma grande oportunidade para que os clubes argentinos continuem sua expansão global", afirmou Claudio Tapia, presidente da AFA. "Ter a condição de levar uma competição como a Supercopa para um destino como Abu Dabi é algo bastante significativo para nós", completou.
A premiação para o campeão da Supercopa será de 1 milhão de dólares (R$ 5,2 milhões na cotação atual), e os participantes do torneio ainda não foram definidos. A Copa da Argentina está na sua fase semifinal, com Boca Juniors, Patronato, Banfield e Talleres na disputa, enquanto o Campeonato Argentino tem o Boca como líder. Apesar de estar na reta final, a liga nacional tem outros cinco times com chances matemáticas de título: Racing, Atlético Tucumán, River Plate, Huracán e Gimnasia.
A disputa de um torneio de campeões nacionais em potências árabes não é novidade no futebol. A Supercopa da Espanha, por exemplo, é disputada em Yeda, na Arábia Saudita, que já recebeu também a Supercopa da Itália, em duas ocasiões.
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